segunda-feira, 19 de junho de 2017

BALANÇO DO FIM-DE-SEMANA

Podia dizer que foi um fim-de-semana espetacular, cheio de praia e sol, risos e boa disposição. E foi. Para mim. Mas nada disso tem valor quando se chega a casa e se percebe que o nosso país foi atingido por um incêndio diabólico que provocou uma catástrofe sem precedentes e roubou a vida a mais de 60 pessoas.

As imagens são cruas, os testemunhos aterradores. Imaginamos a aflição das pessoas, o sofrimento, dos que foram e dos que ficaram, a nossa impotência perante um fenómeno destes...e faltam-nos as palavras.

Lá fora o céu é escuro como um fim de dia de inverno. As sirenes das ambulâncias estão particularmente ativas hoje. Não chove e está calor. O vento sopra forte. Aqui, longe da tragédia o cenário é pesado. Para nos ajudar a lembrar que há quem tenha perdido tudo. A vida, família, amigos, bens. Para nos lembrar que estão centenas de bombeiros exaustos, a lutar para além do humanamente possível, sem condições, com temperaturas altíssimas, sem visibilidade, a arriscar a vida para salvar a dos outros. Para nos lembrar, como se pudéssemos esquecer, que há pessoas em agonia, desesperadas por informações de familiares desaparecidos...

Não é tempo de julgar, nem de criticar. É tempo de lamber as feridas, de salvar os que ainda podem ser salvos. De ajudar aqueles que perderam tudo. Eu já fiz a minha parte e transferi para a conta solidária da CGD um contributo para que estas famílias desalojadas possam voltar a ter um lar. Os meus pensamentos e orações estão com eles.

#pedrógão
#prayforpedrógão
#prayforportugal

quarta-feira, 14 de junho de 2017

A MINHA LAURINHA

Não é fácil educar duas miúdas tão diferentes. A Laurinha foi sempre sossegada e obediente. Ainda hoje, já a entrar na fase do armário, se lhe peço alguma coisa nunca reclama. Aceita sempre a bem um raspanete ou um castigo (quando tem de ser).

A Carol é um furacão. É tudo o que a irmã não é. Teimosa, desobediente, irrequieta e, sobretudo, muito desafiadora. Adora esticar a corda para além dos limites. De facto, é difícil impor-lhe limites, porque não aceita ser contrariada. Zango-me com ela milhares de vezes, ralho, castigo, dou-lhe umas palmadas. Pouco adianta. Ganho naquele momento mas 5 minutos depois ela está a fazer o mesmo. Tem um feitio levado da breca. Faz-me questionar muitas vezes se estou a ser boa mãe...

Apesar disso é genuína, é autêntica, é espontânea, é muito verdadeira. Não consegue esconder nada. Sei sempre o que ela está a pensar. Não tenho duvidas de quando está feliz ou triste. A Carol não tem meio termo, ou está a rir ou está a chorar.

A Laurinha não. É muito reservada. Acho que muitas vezes sofreu em silêncio apesar das minhas tentativas de chegar até ela. Custa-me aquela máscara que criou, porque não sei o que está por trás.

Ontem surpreendeu-me. Escreveu-me uma carta cujo conteúdo não quero expor, mas que me encheu de orgulho, porque, acreditem, é muito mais fácil ser mãe do que ser madrasta. E agora tenho a certeza de que estou no bom caminho...

segunda-feira, 12 de junho de 2017

FINALISTAS

A Carol não é finalista. Ainda tem dois anos de jardim infantil até entrar para a primária mas participou na festa de final de ano e foi de chorar a rir. Ela costuma alinhar nestas coisas e empenhar-se mas desta vez foi tão efusiva que arrancou comentários das pessoas que estavam na bancada, por ser tão pequenita e tão cómica.

O tema da festa era "Civilizações Perdidas", cabendo a cada turma de finalistas uma civilização. Para os do pré-escolar ficaram reservados os vikings, os últimos a atuar e os mais engraçados de todos :)

De barrete à viking na cabeça. já toda desfraldada (já tinha arrancado o cinto nesta altura), vibrou com as coreografias das duas músicas que dançou. Há muito que se me esgotaram as palavras para a descrever. Não há como não rebentar de orgulho com esta miúda.




sexta-feira, 2 de junho de 2017

SIM É MINHA FILHA...MAS NÃO SEI A QUEM SAI!

Hoje de manhã a Carol armou um circo porque queria que lhe fizesse uma trança no cabelo. Eu já estava atrasada e fiz-lhe um apanhado tipo bailarina. Chorou, disse que não gostava mais de mim, que não era mais minha amiga...todo um drama!

Como não liguei nenhuma lá se convenceu que tinha de ir assim. Mal chegou à escola foi-se queixar à professora. Às 11:30 recebi esta mensagem: