sexta-feira, 29 de novembro de 2013

DAS NOITES MAL DORMIDAS...

Esta cara de anjinho é só para enganar...
Quando a deito por volta da meia noite, de barriga cheia e cama aquecida é assim que a Carolina fica. E eu deito-me a correr para dormir o mais possível até ela acordar novamente para comer. De cada vez que a deito tenho a esperança de que durma tranquilamente e me deixe dormir também ai umas 4 horitas. Isso é que era de valor...
Mas não, ainda não são 2h da manhã já está a espreguiçar-se e a resmungar. Lá a engano com a chupeta e fica mais 10 ou 15 minutos sossegada e eu volto a adormecer. Aperfeiçoa-se essa habilidade, a de acordar e voltar a adormecer logo de seguida. Mal de mim se perdia o sono de cada vez que ela acorda durante a noite.
Às 2h30 lá tenho que lhe dar mama. Já faço tudo de olhos fechados. Sento-me na cama, apalpo a fralda que deixei junto ao candeeiro e pego na miúda ao colo. Mama para fora e lá a encosto ao meu peito. Seguem-se 30 segundos de birra até a Carolina perceber onde está o bico por onde sai o bendito leite. Chora, mama nas mãos, esfrega-se...e aí eu abro os olhos, porque me dá sempre vontade de rir de a ver debater-se com o bico que está mesmo encostado à boca. Quando finalmente agarra a mama começa a emitir sons engraçados ao engolir e eu, já de olhos fechados e meia a dormir, não consigo evitar de sorrir porque ela é mesmo fofa.
Quase sempre sou acordada com um engasganço. Dou um salto, viro-a, duas ou três pancadas nas costas e siga para bingo. Depois disso já não durmo mais até terminar a mamada. Quando acaba ponho-a arrotar, o que raramente acontece, e geralmente nesta altura a Carolina abre a pestana e eu fecho a minha. Esta noite simplesmente não dormiu entre a mamada das 2h00 e a das 5h00...ficou na cama  de olhos abertos a emitir sons e eu lá ia dormindo aos soluços, enquanto lhe enfio a chupeta, ou a cubro porque já se destapou, ou espirrou, ou está a fungar e siga de ir buscar o aspirador nasal, ou fez cocó e temos de mudar a fralda, etc. Não falta animação nas nossas noites e eu bem que gostava que fossem mais tranquilas ;)

terça-feira, 26 de novembro de 2013

E AOS 22 DIAS CHEGOU...

...a primeira constipação.

É todo um novo mundo de chorinho, aspiradores nasais e soro fisiológico. Não sei como é que a Carol ficou doente porque tenho imenso cuidado com ela. Mas enfim, se uma constipação incomoda um adulto, imagine-se um recém-nascido que ainda não aprendeu que pode respirar pela boca. É de dar pena, coitadinha, por isso hoje teve direito a umas sessões extra de colinho e mimo :)

Colinho da mãe :)

domingo, 24 de novembro de 2013

19 DIAS

Com 19 dias a Carolina foi à primeira consulta na Pediatra, a Dra. Ana Vilan, que é amorosa. Já pesa 2860 gr. e está a desenvolver-se bem, por isso a alimentação exclusiva com leite materno será para manter para já. Fiquei contente porque a Carolina tem tido muito poucas cólicas e é um bebé muito tranquilo. Tenho receio que a introdução do leite adaptado lhe possa provocar gases e por isso adiar essa etapa agrada-me muito.

De resto, não posso deixar de agradecer a todos os amigos e familiares que nos têm visitado diariamente, por todo o carinho e amizade e também pelas prendas lindas que têm oferecido à Carolina. Muito, muito obrigada. Um beijinho de nós 3 :)

Have I told you lately that I love you? ;)

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

SPEECHLESS...

Smile, and the world will smile with you :)


SNIF...

Tudo vai passar. Eles vão crescer e dispensar o nosso colo. Vai chegar a fase em que os amigos serão mais importantes que os pais. Que em vez de torcemos para que eles durmam, torceremos para que cheguem cedo a casa. Que não se interessarão pelos velhos brinquedos. Que o alvoroço na hora do almoço, dará lugar a calmaria. Que os programas em família serão menos atrativos que o churrasco com a turma. Que dirão coisas tão maduras que nosso coração irá se apertar. Que morreremos de saudades de nossos bebés crescidos.

Por isso...

Viva o agora.
Releve as birras.
Conte até 10.
Conte histórias.
Dê abraços.
Deite-se ao lado deles na cama.
Abrace-os quando tiverem medo.
Beije-os quando magoados.
Brinque com bonecas.
Comemorem.
Divirtam-se.
Acordem cedo aos domingos para aproveitar mais o dia.
Estimule-os a cultivar amizades.
Faça bolos.
Pegue-lhes ao colo.
Faça com que saibam o quanto são amados.
Passem o máximo de tempo juntos...

...assim quando eles decidirem partir para os seus próprios voos, você ainda terá tudo isso guardado no coração!

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

COISAS QUE EU ADORO #1

Adoro toucas e gorros para bebé. Acho que ficam amorosos, sobretudo as meninas com aqueles modelos mais românticos. Estou in love com estes dois da Patachoka e já estive mais longe de cair em tentação :)



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

domingo, 17 de novembro de 2013

COULD YOU BE...

...the most beautiful girl in the world

Faz hoje duas semanas que nasceu o meu pequeno raio de sol. Os dias têm sido tranquilos. A Carolina só chora para mudar a fralda ou trocar de roupa, fora isso praticamente só come e dorme :) As noites são mais agitadas, geralmente acorda perto da meia noite e fica de olho arregalado uma data de tempo. Detesta a cama dela e por isso rara é a noite em que não a deito um pouco encostada a mim. Ela aninha-se e fica a dormir tranquilamente. Eu mal durmo, claro, mas vou recuperando com pequenas sestas durante o dia. E é tão bom vê-la a dormir tão bem encostada a mim!
Entretanto hoje foi dia de consulta no Centro de Saúde e a Carol já pesa 2760 gramas, significa que numa semana ganhou 240 gramas! Aparentemente o meu leite é bom, por isso será para continuar, com a vantagem de que até agora não lhe tem provocado cólicas, só umas dorzinhas de vez em quando.
Quanto ao resto, a minha bomboquinha continua a ser a bebé mais linda que já vi, mas isso já sou eu que digo ;)

sábado, 16 de novembro de 2013

UPS...I DID IT ;)

Foi a minha primeira sessão de shopping desde que a Carol nasceu e não gostei da experiência! O centro comercial estava um caos, cheio de gente e limitei-me a ir à Chicco. Até porque saio nos intervalos das mamadas por isso nunca tenho mais do que duas horas para me ausentar de casa :)
Mas dizia eu que fui à Chicco e rendi-me a estas roupinhas pelas quais estava perdida de amores há muito tempo. Estou ansiosa por as poder vestir à baby C.






quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O REGRESSO PÓS-FOCA

A Carolina tem 9 dias de vida e eu estou a voltar ao meu aspeto normal. No total engordei 12kg em toda a gravidez, graças a muito repouso e a uma alimentação hipercalórica que incluia croissants diários, chocolates e doses industriais de batatas, arroz e massa.
Ainda não me fui pesar porque o peso diz-me pouco mas basta-me olhar para o espelho e já reconheço a minha antiga cara da era pré-balão. Barriga também já tenho pouca, pouca mesmo, e não precisei de usar cinta, o que deverá querer dizer que o meu metabolismo é daqueles mesmo bons. Claro que a flacidez está cá toda, mas isso só se resolve com um regresso à atividade física, que não pode ser para já. Parece que dar mama ajuda a recuperar a forma e, para já, devo dizer que não é mito!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

ROTINAS

A Carol é um bebé sossegado. Desde que regressamos da maternidade passa quase todo o tempo a dormir, ou a comer. Quando dorme parece um anjo, dá vontade de ficar horas a olhar para ela. Apetece-me sempre acordá-la para a encher de beijos ou encostar a carinha dela na minha. É tão fofa que dá vontade de comer.
As noites são normalmente um pouco mais agitadas. Há quase sempre alguma choraminguice e muito mais vontade de comer que durante o dia.
Depois há aqueles instantes em que está acordada e abre os olhos e, esses, são preciosos...



domingo, 10 de novembro de 2013

8 DIAS

Os primeiros 8 dias de vida da Carolina foram um misto de emoções. Primeiro porque eu estava longe de casa há mais de uma semana, era o meu terceiro internamento e sentia-me exausta. Noites mal dormidas, saudades de casa, vontade de a conhecer e o tempo que teimava em não passar. Tive de sufocar as lágrimas muitas vezes, fazer-me forte quando na realidade me sentia absolutamente sozinha. Acariciava a barriga vezes sem conta porque estava ali a razão de tudo aquilo porque passei e a companhia que me fez durante todos esses dias intermináveis foi o meu grande alento. A Carolina sempre foi o bebé mais irrequieto da unidade. Enquanto as outras grávidas comiam pacotes de açúcar para os bebés se mexerem, a Carolina deixava-me frequentemente sem ar porque se mexia como se não houvesse amanhã. E senti-la era maravilhoso.
Só que todos esses dias no hospital tiveram efeitos em mim. Quando ela nasceu eu já estava exausta. Vinha de um longo e cansativo internamento e não estava preparada para a dureza do pós-parto. De repente, vi-me sozinha com um bebé minúsculo, que passava grande parte do tempo a chorar e a quem eu tinha de alimentar.
E foi terrível. A introdução à amamentação é muito difícil em alguns casos e no meu foi. Não tinha colostro quase nenhum e a bebé mal agarrava o peito. Na primeira noite ficou logo 5 horas sem comer. Depois, quando comia, estava eu mais de meia hora para conseguir com que agarrasse o peito. Era muito cansativo e frustrante e sentia-me muito desanimada. Durante o dia o R. tomava conta dela para eu poder descansar um pouco, tomar banho, mas de noite era festa rija. Na segunda noite não preguei olho. Ela chorava imenso e eu às voltas pelo quarto com ela sem saber o que fazer, em desespero, cheia de dores nos pontos e com as pernas e pés tão inchados que pareciam dois troncos.
Depois dessa noite, de manhã, tive um ataque de choro como não me lembro de alguma vez ter tido. Estava sufocada e sentia-me horrível por estar a chorar. Olhava para a Carolina e ainda me sentia pior. Porque raio chorava eu se tinha ao meu lado aquela bebé maravilhosa?
No fundo sabia que tudo seria melhor quando chegasse a casa. E tinha razão. Desde que chegamos pude começar a apreciar devidamente a minha bebé e a minha nova vida.
O R. tem sido um grande apoio e um pai incrível. Faz tudo, só não dá mama, o que me dá segurança e descanso. Dá-lhe banho, muda a fralda e veste-a com uma perícia que me deixa sempre surpreendida. O amor e o carinho com que trata a filha é enternecedor. Sinto-me ainda mais feliz por saber que, além do meu companheiro da vida ele é também o melhor pai que a Carolina podia ter.


sábado, 9 de novembro de 2013

FINALMENTE...CAROLINA

Devia começar a história com os acontecimentos anteriores ao dia 4 de novembro mas, sinceramente, nada disso importa. Uma nova e mágica página de história começou a ser escrita nesse dia e tudo o que conta é o que está para a frente.
Eram 9h20 do dia 4 de novembro de 2013 quando a enfermeira me veio buscar ao quarto para me encaminhar para o núcleo de partos. Eu mal tinha dormido com tanta ansiedade. Liguei ao R. para saber onde estava. Disse-me que estava a estacionar e quando lhe disse que já ia entrar para o núcleo atirou com o carro para cima de uma linha amarela e lá ficou. Chegou ao pé de mim com aquele ar de criança em dia de Natal. Os olhos brilhavam e tenho a certeza que esteve mais nervoso do que eu o tempo todo. Foi uma presença fundamental ao meu lado durante todo o dia.
O processo de indução foi iniciado às 10h00 da manhã. Não levei oxitocina no soro mas administraram-me prostaglandinas. Utiliza-se este método quando o colo uterino ainda não está dilatado. Estes fármacos ajudam a amadurecer o colo e às vezes estimulam contrações suficientes para desencadear o parto. Em boa verdade, as contrações começaram logo de imediato. Não eram muito dolorosas mas eram muito frequentes. Nas primeiras duas horas tive de ficar deitada e passou-se relativamente bem. Depois mandaram-me andar no corredor e lá fui eu. Essa parte foi dolorosa porque começou-me a doer muito uma perna (disse a médica que era dor ciática). Às 13h00 tinha 3/4 dedos de dilatação e estava a correr tão bem que a médica disse logo que a bebé iria nascer nesse dia. Entretanto, as contrações começaram a apertar e perto das 16h00 já tinha tantas dores que só me apetecia chorar. A médica veio avaliar e ainda estávamos nos 4/5 dedos, por isso resolveu rebentar-me as águas. Nessa altura fiquei desmotivada e pensei que sem epidural ia ser um sofrimento insuportável. Não foi preciso pedir. A médica olhou para a máquina que regista as contrações e teve pena de mim porque viu que eram realmente muito fortes. Lá fui para a sala de partos, cheia de dores e com cara de desenterrada. Levar a epidural foi fácil para mim, mas admito que é difícil controlar as contrações porque temos de estar completamente imóveis durante o processo. Mas superei a prova com distinção e por volta das 16h30 eu já não sentia nada. Foi como se tivesse chegado ao céu. Foi nessa altura que pude apreciar as condições do espaço onde estava. Uma sala altamente equipada, tudo novo e com muito pessoal. Ao longo das 7 salas de partos entravam e saiam com frequência médicos, enfermeiras, parteiras e auxiliares. Gostei da dinâmica, gostei dos equipamentos, gostei da segurança que nos transmitiam, gostei da simpatia, da atenção com que nos tratavam. Em boa verdade gostei de tudo e voltava a escolher a Maternidade para a Carolina nascer.
Como se tratava de um bebé com restrição de crescimento, a monitorização foi mais apertada e introduziram-me uma sonda interna. Assim ficamos até às 20h00, altura em que foi feita nova avaliação. Como continuavamos nos 5 dedos o médico disse que só ia esperar pelas 21h00. Se o processo não avançasse seguia para cesariana. Fiquei muito triste. Queria muito que fosse parto normal, queria passar por essa experiência e não estava preparada para a cesariana. Mas enfim, dadas as circunstâncias, tive de começar a preparar-me para a ideia e passado meia hora já nem pensava no parto normal. Estava mortinha por que chegassem as 21h00 para despacharmos o assunto. Sentia uns puxos muito leves lá em baixo e comentei com o R., que resolveu chamar a enfermeira. Eram 20h45. A enfermeira, do mais atencioso que já vi na vida, fez nova avaliação, sorriu e disse "a dilatação está completa", a Carolina vai nascer de parto normal. A minha reação foi "está a brincar?". Aquilo parecia-me tão surreal e estava já tão mentalizada para a ideia da cesariana que o meu coração disparou de tal maneira que até as máquinas começaram a apitar. Fiquei com tanta adrenalina que o meu corpo tremia todo. Mas sentia-me confiante e ouvi as instruções da enfermeira para fazer o meu trabalho direitinho. Entretanto desligam-me a epidural para que pudesse sentir as contrações. O processo foi rápido, segundo elas porque eu fiz o meu trabalho de forma exemplar. Fiz o que pude e agarrei-me à minha determinação, Era aquilo que eu queria por isso não podia falhar. Em 3 ou 4 puxos a miúda já tinha a cabeça à porta. "Tem cabelo preto" dizia uma enfermeira. "Como é possível?" dizia eu. "Tanto eu como o pai éramos carecas à nascença", argumentei, ao que o R. responde "Tu é que sabes o que andaste a fazer". Naquele momento ainda deu para nos rirmos um bocado. À nossa volta estava uma médica, que fez o parto, duas enfermeiras e uma auxiliar. Foram entrando e saindo outras pessoas entretanto, a maioria delas para me ver puxar. A minha fama de boa puxadora espalhou-se pelo núcleo de partos e até tive direito a assistência e clube de fãs ;) No último puxo a cabeça saiu e mandaram-me parar de fazer força. Cordão umbilical à volta do pescoço. A médica foi de uma destreza incrível e não me apercebi do que estava realmente a acontecer. Em instantes ela cortou-me, cortou o cordão e literalmente arrancou a bebé. Houve ali um minuto de agitação. Percebi que ela não chorava e que entrou uma pediatra e mais uma enfermeira na sala. Balão de oxigénio para a frente e para trás e finalmente ouço a bebé tossir. Estava branca como cal e mal se mexia. Pergunto à pediatra se está tudo bem e não me responde. Verifica as saturações e depois de uns instantes que me pareceram eternos lá me disse que estava tudo bem. O R. percebeu que algo não estava bem e comentou mais tarde comigo que se sentiu mal e teve de se sentar quando viu a bebé assim.
2725 gramas e 46,5 cm de comprimento. Era este o tamanho da minha flor ao nascer. Deitaram-na no meu peito e assim ficou durante 1 hora enquanto a médica terminava o trabalho. Eu fiquei ali a olhar para ela, completamente apaixonada. Vi-a começar a ganhar cor, abrir lentamente os olhos e começar a mexer-se tal como fazia na minha barriga. Esteve em perigo a minha filha e nem me apercebi. Percebemos mais tarde que tinha sido reanimada.
Com cinco dias de vida, a Carolina tornou-se o amor da minha vida. É a filha dos meus sonhos, não a imagino mais perfeita ou mais bonita. Tem uma boca que parece desenhada, um narizinho de barraca muito engraçado e uns olhos enormes que ainda não percebi bem que cor vão ter. Faz carinhas engraçadas e sorri. Até quando chora é linda. A Carolina é luz, é alegria e felicidade. É maravilhosa e sinto-me a pessoa mais feliz do mundo por a ter na minha vida.

sábado, 2 de novembro de 2013

1 DAY LEFT

Por aqui passa-se mais um fim-de-semana no hospital! Uma maldita virose impediu-me de ir a casa. Já me sinto bem melhor mas foi um golpe duro para mim. Não estava a contar ficar doente e fiquei aflita com medo que pudesse fazer mal à bebé. Os médicos tranquilizaram-me e por isso hoje estou mais animada. Está quase, quase...até já!