quinta-feira, 13 de agosto de 2015

O REGRESSO LOUCO DA CHUPETA

Estes 15 dias de infantário vieram estragar o esquema da Carol. Aparentemente não dorme de dia, ou se dorme não é o suficiente, porque chega a casa perdida de sono e faz birras com frequência. Mas são birras daquelas que apetece dar-lhe um estalo de tão palermas que são, e tão completamente descontroladas. Respiro fundo várias vezes mas a verdade é que fico passada. Verdadeiramente passada.
Depois é a chupeta, que já só usava para dormir à noite. Agora é a toda a hora. Se a vê faz logo um berreiro, e se não lhe dou fica de tal forma descontrolada que ninguém a cala. Está a ser muito mau. Vamos ter de tirar estes vícios todos agora nas férias para ver se em setembro entramos outra vez nos eixos.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

A PROPÓSITO DE ESQUECER OS FILHOS...

Isto vem a propósito daquele casal que se esqueceu de uma filha numa estação de serviço.
A Carol era pequenina, devia ter uns 7 ou 8 meses, por aí. Estava-me a dar noites terríveis e eu sentia-me exausta. Meti-a no carro e fui, como todas as manhãs, levá-la ao infantário. Ela ia a dormir sossegada. Lembro-me de a por na cadeira, fechar a porta e arrancar com o carro. Depois disso é como se tivesse adormecido por largos minutos. Não faço ideia do que se passou naquele período, por onde passei, nada! Voltei à consciência sobressaltada porque já tinha passado a saída para o infantário e já estava a meio do caminho para o trabalho.
Gelei de pânico. E se não tivesse "acordado"? E se tivesse chegado ao trabalho e deixado a minha filha no carro a sufocar? E se não me lembrasse? Invadiu-me um horrível sentimento de culpa enquanto voltava para trás e só pensava no bebé que morreu no carro porque o pai se esqueceu dele. E tive pena do senhor. Tive mesmo pena. Porque podia ter sido eu. Porque sou uma distraída do pior!
Esta semana mandei a miúda para o infantário sem a mochila. E faço coisas deste género a toda a hora. E só peço a Deus para que nada deste género me aconteça, que nunca me distraia, que nunca a perca de vista...

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

31

Ontem cheguei aos 31 e hoje sinto-me como se tivesse sido atropelada por um combóio. A festa foi caseira mas rija e isto de festejar dois aniversários seguidos já não é para o meu andamento.

Carol a beber um Bongo :) A foto não tem nada a ver com o texto mas está tão querida que não quis deixar de partilhar!


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

1 ANO E 9 MESES

1 ano e 9 meses já cá cantam. 
Gosto tanto tanto de a ver com o cabelo amarrado atrás. Parece ainda mais loirita e uma autentica mulherzinha. Por enquanto o gancho ainda é mesmo imprescindível porque os cabelos vêm sempre para a frente dos olhos. Mas digam lá se não é uma fofa?


...só de pensar que há um ano atrás era assim...


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

"O PAPÁ CHUTOU A BOLA"

Carol em brincadeiras com o pai, em versão afro. Adoro este cabelo. Adoro este riso. Adoro esta energia. Só isto para me ajudar a esquecer que, a esta hora, se calhar está a chorar no infantário...


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

DIAS DIFÍCEIS

Ainda posso ouvir o choro dela, sufocada, agarrada ao meu pescoço. "Mamã não", repete a soluçar. "Colo, colo" pede, já a antever mais um dia no infantário onde não conhece ninguém.
Não consigo fazer isto!
Pedem-me que saia, que espere cá fora para a tentarem acalmar. Acabo por concordar quando já estava prestes a sair porta fora com ela. Quero lá saber do resto. Não a posso deixar ficar assim!
Espero cá fora, não me sai da cabeça o choro dela. Na minha mente correm mil e uma hipóteses. O que é que eu vou fazer? Ligo para o infantário e pergunto como está. Está calminha agora a ouvir uma história. Até quando? E logo à tarde quando a for buscar vai estar a chorar outra vez?

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

A NOVA ESCOLA

A Carolina teve de ir para uma nova escolinha, em regime de academia, que vai frequentar até ao dia 15. Isto porque o infantário dela está fechado em agosto. Como era de esperar, não quis ficar. Disse logo "mamã não quero", várias vezes. Eu insisti e ela já estava a choramingar, agarrada ao meu pescoço e a tentar trepar por mim acima. Lá se convenceu a entrar, mas "a mamã vai". Lá fui com ela pela mão, para uma sala grande e cheia de coisas giras para brincar. Olhou para tudo mas nunca me largou a mão. Lá a consegui entreter com umas bonecas e depois a educadora aproximou-se para interagir com ela. Acabei por me afastar e fiquei a observar ao longe.

Julgo que ela fica bem, contudo vou ligar para lá a saber como está a correr. Pedi para me avisarem caso ela estivesse isolada ou chorona para a ir buscar se assim fosse.

Para já não há notícias, deve ser bom sinal.
Mas estou ansiosa, triste por ter de a sujeitar a estar num sitio onde não conhece ninguém. Tive a sorte de ter uma avó daquelas mesmo mesmo boas, que me acolhia de manhã cedinho, me dava o pequeno-almoço, mimo, atenção, me fazia barracas na varanda e me dava tudo o que eu pedisse. A Carol não tem ninguém. Os avós trabalham e a bisavó já não tem idade, nem saúde, para lhe fazer o que fez comigo. Por isso esta é a única solução que temos. Há que viver com isso.