HOJE FOI O DIA...

...em que a Carolina dormiu toda a noite na cama dela. Já aguenta sempre 5 horas sem comer de noite, às vezes perde a cabeça e lá faz 6 horas. De dia mantém o ritmo das 3/4 horas.
Está uma gorducha linda demais. Pensei que aquela vontade que tenho de a comer a toda a hora fosse passar com o tempo, pensei que o encanto fosse acalmar com o passar dos dias e o cansaço acumulado. Mas não. Continuo a querer come-la, massacro-a de beijos e perco-me naqueles olhitos cintilantes que se fixam cada vez mais em mim. Adoro esta miúda e já não conseguia viver sem ela.

DE REGRESSO

E eis que 1 mês e 20 dias depois de ter sido mãe, recuperei os meus 64kg. Sem esforço, a comer este mundo e o outro e com zero exercício físico. Isto de dar mama resulta mesmo! Claro que os abdominais já eram, mas hão-de voltar ;)
Entretanto, a Carol já é sócia do FCP, com direito a cartão com fotografia e tudo. É uma fofa, está cada vez mais gorda e boneca.

PICOS DE CRESCIMENTO

Eu já tinha dado conta de um aumento de apetite da Carol quando tinha cerca de 15-18 dias. Cheguei a comentar que provavelmente ela precisaria de suplemento porque o meu leite não a estava a alimentar em quantidade suficiente. Mas quando fomos à consulta dos 19 dias, ela tinha aumentado de peso e a pediatra não viu necessidade de introduzir leite adaptado. Depois dessa altura a Carol passou a espaçar mais as mamadas e chegava a aguentar 5 horas sem comer. Que maravilha :)
Agora, de repente, parece que o monstro da fome baixou nesta rapariga. Está super inquieta e rabugenta, no máximo a cada 3 horas acorda literalmente aos gritos e agarra-se à mama como se não houvesse amanhã. Depois só quer colo e de preferência em andamento. Estou seca como um pau e morta de sono...
Diz quem sabe que isto é um pico de crescimento e que dura mais ou menos 3 dias. Aguardemos...

DIRIA PESSOA...

Foto Greenbird Baby Photography

"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se tudo o que quero dizer-te é que te amo?"

PESO E MEDIDA

Com um mês, a Carolina já pesa 3205 gr. (percentil 5) e mede 48,5 cm (ainda não tem percentil). O perímetro cefálico é de 35 cm (percentil 25). Continua a mamar bem e de resto parece estar ótima. Já dorme sonos mais decentes e é capaz de aguentar 4, às vezes 5 horas, sem comer durante a noite, o que é uma grande evolução.
Continua a ser o bebé mais lindo do mundo e está cada vez mais resmungona, mas isso tem a quem sair ;)

HOJE FOI O DIA...

...em que o mundo ficou mais pobre.
Quero que a Carolina saiba que quando nasceu, Nelson Mandela ainda era vivo. Um homem bom. Hoje a luta desse último grande vulto da humanidade terminou...e apagou-se uma luz no mundo. Até sempre Madiba.

Imagem qz.com

1 MÊS

Hoje a Carolina faz um mês...um mês que sou uma pessoa melhor, muito mais feliz e com muito mais sono :) E para comemorar logo à noite há bolinho.

Parabéns meu pequeno grande amor!

COISAS DE QUE EU GOSTO

Eu juro que queria por aqui fotos mais decentes da Carolina mas não é fácil fotografá-la de olhos abertos com a luz do dia. Geralmente acorda quando o sol já se pôs e é nessas alturas que é mais expressiva e interage connosco por isso as fotos são com pouca luz e bastante ranhosas.

Domingo foi dia de gandaia, fomos as duas almoçar a casa da tia R. com as tias babes :) e foi muito giro. A Carol portou-se muito bem e andou a tarde toda, como adora, a saltaricar de colo em colo e ainda recebeu uma prenda gira mas gira das tias: um ginásio de atividades da Chicco que ela adorou (Obrigada tias!)

À noite montei-o e ainda a pus lá uns minutos. Primeira reação: nenhuma! Depois fixou um sapo verde pendurado e ficou a olhar para ele com ar desconfiado. Adormeceu a olhar para o sapo ao fim de 5 minutos :)

DAS NOITES MAL DORMIDAS...

Esta cara de anjinho é só para enganar...

Quando a deito por volta da meia noite, de barriga cheia e cama aquecida é assim que a Carolina fica. E eu deito-me a correr para dormir o mais possível até ela acordar novamente para comer. De cada vez que a deito tenho a esperança de que durma tranquilamente e me deixe dormir também ai umas 4 horitas. Isso é que era de valor...
Mas não, ainda não são 2h da manhã já está a espreguiçar-se e a resmungar. Lá a engano com a chupeta e fica mais 10 ou 15 minutos sossegada e eu volto a adormecer. Aperfeiçoa-se essa habilidade, a de acordar e voltar a adormecer logo de seguida. Mal de mim se perdia o sono de cada vez que ela acorda durante a noite.
Às 2h30 lá tenho que lhe dar mama. Já faço tudo de olhos fechados. Sento-me na cama, apalpo a fralda que deixei junto ao candeeiro e pego na miúda ao colo. Mama para fora e lá a encosto ao meu peito. Seguem-se 30 segundos de birra até a Carolina perceber onde está o bico por onde sai o bendito leite. Chora, mama nas mãos, esfrega-se...e aí eu abro os olhos, porque me dá sempre vontade de rir de a ver debater-se com o bico que está mesmo encostado à boca. Quando finalmente agarra a mama começa a emitir sons engraçados ao engolir e eu, já de olhos fechados e meia a dormir, não consigo evitar de sorrir porque ela é mesmo fofa.
Quase sempre sou acordada com um engasganço. Dou um salto, viro-a, duas ou três pancadas nas costas e siga para bingo. Depois disso já não durmo mais até terminar a mamada. Quando acaba ponho-a arrotar, o que raramente acontece, e geralmente nesta altura a Carolina abre a pestana e eu fecho a minha. Esta noite simplesmente não dormiu entre a mamada das 2h00 e a das 5h00...ficou na cama  de olhos abertos a emitir sons e eu lá ia dormindo aos soluços, enquanto lhe enfio a chupeta, ou a cubro porque já se destapou, ou espirrou, ou está a fungar e siga de ir buscar o aspirador nasal, ou fez cocó e temos de mudar a fralda, etc. Não falta animação nas nossas noites e eu bem que gostava que fossem mais tranquilas ;)

E AOS 22 DIAS CHEGOU...

...a primeira constipação.

É todo um novo mundo de chorinho, aspiradores nasais e soro fisiológico. Não sei como é que a Carol ficou doente porque tenho imenso cuidado com ela. Mas enfim, se uma constipação incomoda um adulto, imagine-se um recém-nascido que ainda não aprendeu que pode respirar pela boca. É de dar pena, coitadinha, por isso hoje teve direito a umas sessões extra de colinho e mimo :)

Colinho da mãe :)

19 DIAS

Com 19 dias a Carolina foi à primeira consulta na Pediatra, a Dra. Ana Vilan, que é amorosa. Já pesa 2860 gr. e está a desenvolver-se bem, por isso a alimentação exclusiva com leite materno será para manter para já. Fiquei contente porque a Carolina tem tido muito poucas cólicas e é um bebé muito tranquilo. Tenho receio que a introdução do leite adaptado lhe possa provocar gases e por isso adiar essa etapa agrada-me muito.

De resto, não posso deixar de agradecer a todos os amigos e familiares que nos têm visitado diariamente, por todo o carinho e amizade e também pelas prendas lindas que têm oferecido à Carolina. Muito, muito obrigada. Um beijinho de nós 3 :)

Have I told you lately that I love you? ;)

SPEECHLESS...

Smile, and the world will smile with you :)

SNIF...

Tudo vai passar. Eles vão crescer e dispensar o nosso colo. Vai chegar a fase em que os amigos serão mais importantes que os pais. Que em vez de torcemos para que eles durmam, torceremos para que cheguem cedo a casa. Que não se interessarão pelos velhos brinquedos. Que o alvoroço na hora do almoço, dará lugar a calmaria. Que os programas em família serão menos atrativos que o churrasco com a turma. Que dirão coisas tão maduras que nosso coração irá se apertar. Que morreremos de saudades de nossos bebés crescidos.

Por isso...

Viva o agora.
Releve as birras.
Conte até 10.
Conte histórias.
Dê abraços.
Deite-se ao lado deles na cama.
Abrace-os quando tiverem medo.
Beije-os quando magoados.
Brinque com bonecas.
Comemorem.
Divirtam-se.
Acordem cedo aos domingos para aproveitar mais o dia.
Estimule-os a cultivar amizades.
Faça bolos.
Pegue-lhes ao colo.
Faça com que saibam o quanto são amados.
Passem o máximo de tempo juntos...

...assim quando eles decidirem partir para os seus próprios voos, você ainda terá tudo isso guardado no coração!

COISAS QUE EU ADORO #1

Adoro toucas e gorros para bebé. Acho que ficam amorosos, sobretudo as meninas com aqueles modelos mais românticos. Estou in love com estes dois da Patachoka e já estive mais longe de cair em tentação :)

NUNCA PENSEI DIZER ISTO...

...mas estou com um bocadinho de saudades da minha barriga...só da barriga, e dos pontapés ;)

COULD YOU BE...

...the most beautiful girl in the world

Faz hoje duas semanas que nasceu o meu pequeno raio de sol. Os dias têm sido tranquilos. A Carolina só chora para mudar a fralda ou trocar de roupa, fora isso praticamente só come e dorme :) As noites são mais agitadas, geralmente acorda perto da meia noite e fica de olho arregalado uma data de tempo. Detesta a cama dela e por isso rara é a noite em que não a deito um pouco encostada a mim. Ela aninha-se e fica a dormir tranquilamente. Eu mal durmo, claro, mas vou recuperando com pequenas sestas durante o dia. E é tão bom vê-la a dormir tão bem encostada a mim!

Entretanto hoje foi dia de consulta no Centro de Saúde e a Carol já pesa 2760 gramas, significa que numa semana ganhou 240 gramas! Aparentemente o meu leite é bom, por isso será para continuar, com a vantagem de que até agora não lhe tem provocado cólicas, só umas dorzinhas de vez em quando.

Quanto ao resto, a minha bomboquinha continua a ser a bebé mais linda que já vi, mas isso já sou eu que digo ;)

UPS...I DID IT ;)

Foi a minha primeira sessão de shopping desde que a Carol nasceu e não gostei da experiência! O centro comercial estava um caos, cheio de gente e limitei-me a ir à Chicco. Até porque saio nos intervalos das mamadas por isso nunca tenho mais do que duas horas para me ausentar de casa :)
Mas dizia eu que fui à Chicco e rendi-me a estas roupinhas pelas quais estava perdida de amores há muito tempo. Estou ansiosa por as poder vestir à baby C.

O REGRESSO PÓS-FOCA

A Carolina tem 9 dias de vida e eu estou a voltar ao meu aspeto normal. No total engordei 12kg em toda a gravidez, graças a muito repouso e a uma alimentação hipercalórica que incluia croissants diários, chocolates e doses industriais de batatas, arroz e massa.
Ainda não me fui pesar porque o peso diz-me pouco mas basta-me olhar para o espelho e já reconheço a minha antiga cara da era pré-balão. Barriga também já tenho pouca, pouca mesmo, e não precisei de usar cinta, o que deverá querer dizer que o meu metabolismo é daqueles mesmo bons. Claro que a flacidez está cá toda, mas isso só se resolve com um regresso à atividade física, que não pode ser para já. Parece que dar mama ajuda a recuperar a forma e, para já, devo dizer que não é mito!

ROTINAS

A Carol é um bebé sossegado. Desde que regressamos da maternidade passa quase todo o tempo a dormir, ou a comer. Quando dorme parece um anjo, dá vontade de ficar horas a olhar para ela. Apetece-me sempre acordá-la para a encher de beijos ou encostar a carinha dela na minha. É tão fofa que dá vontade de comer.
As noites são normalmente um pouco mais agitadas. Há quase sempre alguma choraminguice e muito mais vontade de comer que durante o dia.
Depois há aqueles instantes em que está acordada e abre os olhos e, esses, são preciosos...

8 DIAS

Os primeiros 8 dias de vida da Carolina foram um misto de emoções. Primeiro porque eu estava longe de casa há mais de uma semana, era o meu terceiro internamento e sentia-me exausta. Noites mal dormidas, saudades de casa, vontade de a conhecer e o tempo que teimava em não passar. Tive de sufocar as lágrimas muitas vezes, fazer-me forte quando na realidade me sentia absolutamente sozinha. Acariciava a barriga vezes sem conta porque estava ali a razão de tudo aquilo porque passei e a companhia que me fez durante todos esses dias intermináveis foi o meu grande alento. A Carolina sempre foi o bebé mais irrequieto da unidade. Enquanto as outras grávidas comiam pacotes de açúcar para os bebés se mexerem, a Carolina deixava-me frequentemente sem ar porque se mexia como se não houvesse amanhã. E senti-la era maravilhoso.
Só que todos esses dias no hospital tiveram efeitos em mim. Quando ela nasceu eu já estava exausta. Vinha de um longo e cansativo internamento e não estava preparada para a dureza do pós-parto. De repente, vi-me sozinha com um bebé minúsculo, que passava grande parte do tempo a chorar e a quem eu tinha de alimentar.
E foi terrível. A introdução à amamentação é muito difícil em alguns casos e no meu foi. Não tinha colostro quase nenhum e a bebé mal agarrava o peito. Na primeira noite ficou logo 5 horas sem comer. Depois, quando comia, estava eu mais de meia hora para conseguir com que agarrasse o peito. Era muito cansativo e frustrante e sentia-me muito desanimada. Durante o dia o R. tomava conta dela para eu poder descansar um pouco, tomar banho, mas de noite era festa rija. Na segunda noite não preguei olho. Ela chorava imenso e eu às voltas pelo quarto com ela sem saber o que fazer, em desespero, cheia de dores nos pontos e com as pernas e pés tão inchados que pareciam dois troncos.
Depois dessa noite, de manhã, tive um ataque de choro como não me lembro de alguma vez ter tido. Estava sufocada e sentia-me horrível por estar a chorar. Olhava para a Carolina e ainda me sentia pior. Porque raio chorava eu se tinha ao meu lado aquela bebé maravilhosa?
No fundo sabia que tudo seria melhor quando chegasse a casa. E tinha razão. Desde que chegamos pude começar a apreciar devidamente a minha bebé e a minha nova vida.
O R. tem sido um grande apoio e um pai incrível. Faz tudo, só não dá mama, o que me dá segurança e descanso. Dá-lhe banho, muda a fralda e veste-a com uma perícia que me deixa sempre surpreendida. O amor e o carinho com que trata a filha é enternecedor. Sinto-me ainda mais feliz por saber que, além do meu companheiro da vida ele é também o melhor pai que a Carolina podia ter.

FINALMENTE...CAROLINA

Devia começar a história com os acontecimentos anteriores ao dia 4 de novembro mas, sinceramente, nada disso importa. Uma nova e mágica página de história começou a ser escrita nesse dia e tudo o que conta é o que está para a frente.
Eram 9h20 do dia 4 de novembro de 2013 quando a enfermeira me veio buscar ao quarto para me encaminhar para o núcleo de partos. Eu mal tinha dormido com tanta ansiedade. Liguei ao R. para saber onde estava. Disse-me que estava a estacionar e quando lhe disse que já ia entrar para o núcleo atirou com o carro para cima de uma linha amarela e lá ficou. Chegou ao pé de mim com aquele ar de criança em dia de Natal. Os olhos brilhavam e tenho a certeza que esteve mais nervoso do que eu o tempo todo. Foi uma presença fundamental ao meu lado durante todo o dia.
O processo de indução foi iniciado às 10h00 da manhã. Não levei oxitocina no soro mas administraram-me prostaglandinas. Utiliza-se este método quando o colo uterino ainda não está dilatado. Estes fármacos ajudam a amadurecer o colo e às vezes estimulam contrações suficientes para desencadear o parto. Em boa verdade, as contrações começaram logo de imediato. Não eram muito dolorosas mas eram muito frequentes. Nas primeiras duas horas tive de ficar deitada e passou-se relativamente bem. Depois mandaram-me andar no corredor e lá fui eu. Essa parte foi dolorosa porque começou-me a doer muito uma perna (disse a médica que era dor ciática). Às 13h00 tinha 3/4 dedos de dilatação e estava a correr tão bem que a médica disse logo que a bebé iria nascer nesse dia. Entretanto, as contrações começaram a apertar e perto das 16h00 já tinha tantas dores que só me apetecia chorar. A médica veio avaliar e ainda estávamos nos 4/5 dedos, por isso resolveu rebentar-me as águas. Nessa altura fiquei desmotivada e pensei que sem epidural ia ser um sofrimento insuportável. Não foi preciso pedir. A médica olhou para a máquina que regista as contrações e teve pena de mim porque viu que eram realmente muito fortes. Lá fui para a sala de partos, cheia de dores e com cara de desenterrada. Levar a epidural foi fácil para mim, mas admito que é difícil controlar as contrações porque temos de estar completamente imóveis durante o processo. Mas superei a prova com distinção e por volta das 16h30 eu já não sentia nada. Foi como se tivesse chegado ao céu. Foi nessa altura que pude apreciar as condições do espaço onde estava. Uma sala altamente equipada, tudo novo e com muito pessoal. Ao longo das 7 salas de partos entravam e saiam com frequência médicos, enfermeiras, parteiras e auxiliares. Gostei da dinâmica, gostei dos equipamentos, gostei da segurança que nos transmitiam, gostei da simpatia, da atenção com que nos tratavam. Em boa verdade gostei de tudo e voltava a escolher a Maternidade para a Carolina nascer.
Como se tratava de um bebé com restrição de crescimento, a monitorização foi mais apertada e introduziram-me uma sonda interna. Assim ficamos até às 20h00, altura em que foi feita nova avaliação. Como continuavamos nos 5 dedos o médico disse que só ia esperar pelas 21h00. Se o processo não avançasse seguia para cesariana. Fiquei muito triste. Queria muito que fosse parto normal, queria passar por essa experiência e não estava preparada para a cesariana. Mas enfim, dadas as circunstâncias, tive de começar a preparar-me para a ideia e passado meia hora já nem pensava no parto normal. Estava mortinha por que chegassem as 21h00 para despacharmos o assunto. Sentia uns puxos muito leves lá em baixo e comentei com o R., que resolveu chamar a enfermeira. Eram 20h45. A enfermeira, do mais atencioso que já vi na vida, fez nova avaliação, sorriu e disse "a dilatação está completa", a Carolina vai nascer de parto normal. A minha reação foi "está a brincar?". Aquilo parecia-me tão surreal e estava já tão mentalizada para a ideia da cesariana que o meu coração disparou de tal maneira que até as máquinas começaram a apitar. Fiquei com tanta adrenalina que o meu corpo tremia todo. Mas sentia-me confiante e ouvi as instruções da enfermeira para fazer o meu trabalho direitinho. Entretanto desligam-me a epidural para que pudesse sentir as contrações. O processo foi rápido, segundo elas porque eu fiz o meu trabalho de forma exemplar. Fiz o que pude e agarrei-me à minha determinação, Era aquilo que eu queria por isso não podia falhar. Em 3 ou 4 puxos a miúda já tinha a cabeça à porta. "Tem cabelo preto" dizia uma enfermeira. "Como é possível?" dizia eu. "Tanto eu como o pai éramos carecas à nascença", argumentei, ao que o R. responde "Tu é que sabes o que andaste a fazer". Naquele momento ainda deu para nos rirmos um bocado. À nossa volta estava uma médica, que fez o parto, duas enfermeiras e uma auxiliar. Foram entrando e saindo outras pessoas entretanto, a maioria delas para me ver puxar. A minha fama de boa puxadora espalhou-se pelo núcleo de partos e até tive direito a assistência e clube de fãs ;) No último puxo a cabeça saiu e mandaram-me parar de fazer força. Cordão umbilical à volta do pescoço. A médica foi de uma destreza incrível e não me apercebi do que estava realmente a acontecer. Em instantes ela cortou-me, cortou o cordão e literalmente arrancou a bebé. Houve ali um minuto de agitação. Percebi que ela não chorava e que entrou uma pediatra e mais uma enfermeira na sala. Balão de oxigénio para a frente e para trás e finalmente ouço a bebé tossir. Estava branca como cal e mal se mexia. Pergunto à pediatra se está tudo bem e não me responde. Verifica as saturações e depois de uns instantes que me pareceram eternos lá me disse que estava tudo bem. O R. percebeu que algo não estava bem e comentou mais tarde comigo que se sentiu mal e teve de se sentar quando viu a bebé assim.
2725 gramas e 46,5 cm de comprimento. Era este o tamanho da minha flor ao nascer. Deitaram-na no meu peito e assim ficou durante 1 hora enquanto a médica terminava o trabalho. Eu fiquei ali a olhar para ela, completamente apaixonada. Vi-a começar a ganhar cor, abrir lentamente os olhos e começar a mexer-se tal como fazia na minha barriga. Esteve em perigo a minha filha e nem me apercebi. Percebemos mais tarde que tinha sido reanimada.
Com cinco dias de vida, a Carolina tornou-se o amor da minha vida. É a filha dos meus sonhos, não a imagino mais perfeita ou mais bonita. Tem uma boca que parece desenhada, um narizinho de barraca muito engraçado e uns olhos enormes que ainda não percebi bem que cor vão ter. Faz carinhas engraçadas e sorri. Até quando chora é linda. A Carolina é luz, é alegria e felicidade. É maravilhosa e sinto-me a pessoa mais feliz do mundo por a ter na minha vida.

1 DAY LEFT

Por aqui passa-se mais um fim-de-semana no hospital! Uma maldita virose impediu-me de ir a casa. Já me sinto bem melhor mas foi um golpe duro para mim. Não estava a contar ficar doente e fiquei aflita com medo que pudesse fazer mal à bebé. Os médicos tranquilizaram-me e por isso hoje estou mais animada. Está quase, quase...até já!

INDUÇÃO MARCADA

Segunda feira, dia 4 de novembro de 2013. A data está marcada e eu mal posso esperar! Já me explicaram resumidamente como se processa a indução e por isso já tenho uma ideia. Estou a zero no que toca a exercicios de preparação para o parto por isso vou em desvantagem mas estou confiante que a coisa vá ser pacífica tendo em conta o mini tamanho da Carol! Está quase e para já ainda não me sinto nervosa nem assustada. Vamos ver se mantenho este espirito até ao final :-)

ATÉ JÁ...

E assim vos deixo com a minha última fotografia enquanto grávida. Hoje vou ser novamente internada e, ao que tudo indica, nos próximos dias a Carolina estará entre nós.
Não foram 36 semanas pacíficas, sobretudo as últimas 8, e estou feliz por finalmente estarmos tão perto da meta. Quero muito conhece-la, ver como é, poder tocar-lhe, abraçá-la e dar-lhe miminhos.
Por outro lado, tenho de admitir que sinto já alguma nostalgia. Vou sentir a falta da companhia dela de dia e de noite e destes pontapés maravilhosos que me fazem sorrir a toda a hora. A minha pequenina vai deixar de ser só minha e essa sensação deixa muitas saudades.

O BERÇO

Foram as últimas tarefas a concluir porque são as duas peças que vão ficar no nosso quarto: a caminha e o muda fraldas. Estão finalmente montadas e acho que ficaram muito fofas. A cama está sem a lateral porque vai ficar encostada à nossa. Assim é mais fácil prestar assistência à pequenita durante a noite, quando começar a resmungar porque perdeu a chupeta ou, simplesmente, para eu lhe por a mão a cada 5 minutos para ver se está a respirar!!!
Por enquanto vai ficar do meu lado da cama, isto porque o pai tem ainda mais mau feitio a dormir do que acordado, por isso acho que não arrisco deixar a Carolina aos cuidados dele!
Entretanto, a mala também já está pronta e posso dizer que agora só falta mesmo a protagonista :)

Cama e dossel IKEA, edredão e resguardo de cama comércio tradicional

Muda fraldas com banheira Zippy Baby

Bonecos Chicco

Coelho e almofadas Zara Home

POUCH SLING

Depois de muito pesquisar, consegui encontrar um Pouch Sling como eu queria e, melhor do que tudo, a um preço decente. Mandei fazer à 2 Pontinhos e posso assegurar que a senhora é para lá de atenciosa. Ainda não vi o trabalho ao vivo, porque ainda não chegou, mas pela imagem está top e sóbrio como eu imaginava.
Escolhi tecido preto de um lado e rosa bebé do outro. Preto para não prender muito com a roupa e rosa para ter aquele toque de bebé. Custou 25 euros (+ portes, quem for de Lisboa poupa esta parte) e estou muito satisfeita com a compra. Recomendo.

COMO LAVAR A ROUPA?

Confesso que não sou, nunca fui, boa nas tarefas domésticas. De cozinha sei fazer o básico, a passar a ferro sou lenta e nas limpezas sou esforçada mas muito minuciosa, por isso levo uma eternidade a fazer qualquer coisa. É o que dá ter passado a minha adolescência a treinar e a correr. O tempo que me sobrava era para estudar...parece desculpa de mau pagador, mas é a pura verdade.

Mas, com maior ou menor esforço, lá me vou safando. De cada vez que me surge uma nova tarefa, tenho de pesquisar ou perguntar qual a melhor maneira de fazer. Nunca arrisco.

O mesmo se passou em relação à roupinha da bebé. Como lavar? À mão, na máquina, em que programa e temperatura? Um sem fim de perguntas para as quais eu não tinha resposta. Fui pesquisar e descobri que a maioria dos médicos e enfermeiros não costumam aconselhar o uso de amaciador de roupa (que pena, cheiram tão bem!). A roupa pode ser lavada na máquina com um detergente hipoalergénico, preferencialmente em pó, porque dissolve melhor. Também pode ser lavada à mão e, nestes casos, uma boa opção é o sabão azul. Quanto à temperatura, 30º é suficiente (lençóis, fraldas, toalhas devem ser lavados a uma temperatura superior) e escolher um programa para roupa delicada.

Posto isto, e depois de pesquisar bastante, acabei por escolher o ALBORIN bebé, que não é mais do que sabão de noz de coco e praticamente não tem cheiro (esta é a parte mais chata). Já o conhecia, porque a minha tia já o tinha usado quando os meus primos nasceram. É um bocadito caro e não dura nada, mas no caso da Carol acho que é um investimento necessário nos primeiros meses.

Entretanto, e porque me estava a dar na alma a falta do cheirinho a bebé, descobri que a Air Wick tem um ambientador com cheirinho a bebé. Ainda não o tenho mas já está na lista de compras que o pai R. vai ter de fazer este fim-de-semana ;)

MAIS MINIATURAS

Quem teve ou vai ter bebés em miniatura sabe, ou vai descobrir, que nem sempre é fácil encontrar roupinha de tamanho tão pequeno. E quando estamos presos em casa, a coisa complica ainda mais...
Descobri que a Vertbaudet tem roupa de 45 cm e então decidi arriscar e comprei dois babygrows. Encomendei-os na segunda-feira e chegaram hoje. São fofinhos e quentes mas parecem ainda mais pequenos que os da Laranjinha e já começo a equacionar se lhe vão mesmo servir.
Fica a dica, caso algum dia precisem de comprar roupa para mini bebés :)

O MEU PEQUENO GRANDE AMOR

Para um mini bebé impunha-se comprar mini roupa...mais concretamente roupa de prematuro, com 45 cm apenas. Não há muita oferta e a que existe esgota com facilidade. Quando cheguei da Maternidade tinha estas duas delícias à minha espera. Têm tanto de lindas, como de pequeninas e como de caras...são da Laranjinha e são a coisa mais fofa que já vi na vida. Foram oferecidas pela bisavó e pela tia B. Agora só falta chegar a pequena Cinderela a quem estas miniaturas vão servir :)

TÃO BOM ESTAR DE VOLTA

É só por uns dias e até já tenho nova ordem de internamento marcada para daqui a 8 dias, mas não estava a contar e por isso fiquei mesmo muito contente!!! O estado da Carolina mantém-se, pequenina mas com boa atividade cardíaca e movimentos fetais regulares por isso só tenho de estar atenta. Pelo meio destes seis dias de internamento muita coisa aconteceu, episódios muito difíceis, noites mal dormidas, solidão e uma vontade enorme de regressar a casa. Assim que cheguei, deitei-me no meu rico colchão...tão diferente da horrível cama articulada onde passei as últimas noites. Fui ver as roupas de tamanho 45 cm que pedi para me comprarem para a Carolina, são tão pequeninas que parece impossível servir. Mas são lindas! Vou ter tempo para pormenorizar tudo isto, por agora quero concentrar-me no regresso...e é tão bom estar de volta!

FIM DE SEMANA

Não imagino nada pior do que passar o fim de semana no hospital...e no entanto cá estou eu. A minha unica companhia são os pontapés constantes da Carol. Será que para a semana já a vou conhecer?

NOVAMENTE INTERNADA

Nestas alturas pergunto-me: o que mais me irá acontecer? Estou novamente internada. Confirma-se a suspeita de restrição de crescimento intra uterino. Coitadinha da minha mini mini Carol. O pai diz que a incubadora (eu) não presta e concordo com ele. Ainda não sei bem o que me espera mas para já estou em observação e à espera da decisão da equipa médica que vai decidir se a Carol nasce já ou se ainda fica mais uns tempos cá dentro. Aguardemos...

MAYORAL

A Mayoral é uma das minhas marcas favoritas de sempre no que toca a vestuário infantil. É cara e por isso não posso comprar lá muita coisa. Já comprei o conjunto de mala, necessaire, saco térmico e muda fraldas e também não resisti ao livro "A minha história". Agora a marca lançou a loja online (mais uma para eu me desgraçar). Dei uma vista de olhos e fechei a página antes de cair em tentação. Ficam só alguns exemplos...

O SLING

Não gosto nada da ideia do tradicional marsúpio para transporte dos bebés. Ficam ali com as pernas soltas e acho desconfortável. Por isso, quando ouvi pela primeira vez falar do sling, achei que era algo que eu usaria, principalmente se se vier a confirmar que a Carolina vai ser mesmo mini. Acho que o aconchego do sling poderá ser bom para ela.
Ouço dizer que os bebés transportados em slings choram menos, têm menos cólicas, crescem melhor, dormem mais descansados e se sentem mais acompanhados. Ora, não será tanto assim mas não custa experimentar. Diz que os melhores são os Pouch Slings (na foto), agora só tenho de ver onde arranjo esta coisa a um preço que não me faça desistir...

Foto Bacibaby

SESSÃO EVOLUTIVA

Cá está ela. Espero ainda aguentar mais 2 semanitas e chegar às 36 :)
Já virei a cara para a frente porque toda ela está imprópria para fotos e nem com make up a coisa vai lá...

MAU ESTAR

Pescoço, costas, ancas, pernas e fundo da barriga. São os meus pontos gatilho neste momento. Basicamente dói-me tudo. Não tenho posição confortável para estar e durante a noite durmo umas 5 horas, no máximo, sempre alternando a posição. Uma dor nova é a fisgada que volta e meia sinto na virilha. Jesussss...é agoniante de tão forte, felizmente passa rápido. Também fui presenteada com umas desagradáveis picadinhas lá em baixo. Tudo coisas boas.
Ontem voltei a ter contrações, daquelas já ligeiramente dolorosas. Uma dor tipo cólica no fundo da barriga, que se alastra até ao fundo das costas, como se toda aquela zona estivesse a repuxar. Assustei-me um bocado porque, apesar de irregulares, já estava a ter aí umas 5 por hora. Ainda pensei - "queres ver que é desta que já vou?" Lembrei-me imediatamente da mala, que não está feita, das coisas que me falta comprar, das fotos que ainda não fiz e do trabalho que ainda quero terminar. Mas não, a coisa melhorou e vamos ver como corre hoje. Só tenho ecografia na Maternidade na quarta-feira, espero não ter de ir lá antes...

RECEIOS...

Eu tenho muitooo tempo livre para pensar e faço-o com frequência. Penso nas mais variadas coisas, a maior parte delas relacionadas com a Carolina. Agora que se aproxima a hora de a conhecer (finalmente!), começam a levantar-se algumas dúvidas na minha cabeça.
Curiosamente, e até ao momento, ainda não pensei muito sobre o parto. Confesso, na minha inocência, que não tenho medo nenhum. Por isso não me importei em escolher um sítio mais ou menos XPTO para a Carolina nascer. Na minha cabeça a única coisa que esteve sempre fora de questão foi o privado, porque tenho bem mais o que fazer ao dinheiro. Comecei a ser encaminhada para a Maternidade e lá me deixei ficar. Se é para parir, qualquer hospital público me serve, desde que me espetem uma epidural mal eu comece a berrar. Sim, porque não concebo a ideia de ter a miúda sem epidural. Se os meios estão ao dispor, eu quero tudo a que tenho direito. Claro que nem sempre é assim. Quando estive internada ouvi duas a berrar como gente grande a caminho da sala de partos. O som era tão aterrador que parecia que estavam a ser esventradas vivas, o que não deixa de ser uma situação constrangedora para as outras que estão à espera da horinha. É mais ou menos como estar na fila para entrar no matadouro...
Mas se não tenho receio do parto, tenho outros.
Os principais têm a ver com a alimentação. Tenho medo que a miúda se engasgue. Já vi algumas vezes bebés engasgados e nunca sei o que fazer. A minha vontade é pendurá-los pelos pés e abaná-los e vou ter de resistir para não fazer isso à Carolina.
Depois tenho outro handicap que, não é um medo, mas acho que é ainda pior. É que eu tenho horror a vomitado. Eu acho que não vomito há 20 anos. Lembro-me bem da última vez e foi mau...teria uns 10 anos. Depois disso tive muitas ameaças mas, o terror era tal, que eu esticava-me da cama, sem me mexer e a coisa passava ao fim de umas horas. Aliás, esse era o meu maior medo durante a gravidez, felizmente os enjoos nunca chegaram a vias de facto.
A miudagem vomita-se com frequência, e fico transtornada só de pensar que isso pode (e vai!) acontecer com a Carolina. E se acontece num dia em que não esteja mais ninguém em casa? Se eu não tiver alguém ao lado para quem atirar a miúda num momento desses sou capaz de desmaiar...
Também tenho medo de não saber porque chora. De achar que é fome, quando é sono, de achar que é sono quando são cólicas. E se forem cólicas e eu achar que é fome e decidir enfardá-la de leite? Ainda berra mais...e depois tem dores, e depois vomita! OMG...

MINI CAROLINA

Primeiro era o baixo percentil às 26 semanas, vá de descansar e comer como uma leoa para a miuda engordar. Aumentou ligeiramente, chegou a um louco percentil 18 e eu a achar que este problema estava resolvido. Depois, foi a ameaça de parto pré-termo. Repouso absoluto, baixa por gravidez de alto risco clínico, injeções de betametasona para maturação dos pulmões, óvulos de progesterona e magnésio, etc. As contrações pararam, o colo do útero estabilizou e ultrapassamos as críticas 32 semanas.
Agora volta o fantasma do baixo peso. A Carolina mantém-se abaixo da média em todas as biometrias fetais, que por um lado é bom porque significa que ela é pequena por todo, mas a verdade é que não deixa de ser pequena, pesa pouco mais de 1,7 kg e mede cerca de 40 cm. Por isso vá de vigiar semanalmente para garantir que não há restrição de crescimento. Esta criança vai-me por velha e ainda não nasceu...

ÀS MINHAS AMIGAS...

Ter amigos é ter tudo e sempre me senti rodeada de poucos, mas bons amigos. Amigos daqueles que sabemos que vão estar lá para sempre, que nos aquecem o coração quando mais precisamos, que nos dizem as palavras certas nos momentos mais difíceis. Amigos que nunca nos esquecem nem deixam que nos sintamos sozinhos, mesmo quando as circunstâncias da vida nos isolam do mundo.
E é por isso que hoje quero dizer às minhas AMIGAS que as adoro do coração e que muito me orgulha esta amizade que temos, que se fortalece e intensifica e que como sentir isso é bom demais.
Às minhas 7 babes quero agradecer por fazerem parte da minha vida e ajudarem-me a ser uma pessoa melhor todos os dias. Um beijinho com muitas muitas saudades.

CHICCO...SO HELP ME GOD

Deus, ajuda-me a resistir à coleção da Chicco e não me deixes cair na tentação de comprar isto tudo...

COMO SERÁ?

Penso muitas vezes como será a Carolina. Será que vai ter os olhos do pai? O nariz da mãe? Será cabeluda ou tipo nenuco? Vamos tentando adivinhar nas ecografias, mas ela mostra muito pouco a cara porque está muito descida e encaixada. A maior parte das vezes tem as mãos junto ao rosto, da última vez tinha um pé na boca, por isso é difícil ver.
Até agora acho que se parece muito mais com o pai. Tem um narizito de barraca e uma boquinha tão perfeita que parece um desenho. Mas os lábios são grossos, como os dele.
Enquanto nos vamos entretendo a tentar adivinhar, deixo duas fotos dos progenitores. Quando ela nascer, quero que me digam se se parece com algum dos dois ;)

Em cima o pai, em baixo a mãe. Os únicos pontos comuns são o facto de ambos termos pouco cabelo à nascença e sermos duas bolas, ele mais do que eu, claro!

PENSAMENTO DO DIA

Sempre que vou à Maternidade saio de lá com um complexo de inferioridade. Toda a gente tem mais barriga do que eu. Passa uma, passa outra...todas são maiores do que a minha! Ou são barrigas de muito pouco tempo e, por isso, invisíveis ou então já são maiores do que a minha. É então que dou por mim a pensar: como é que um bebé de quase 2kg cabe dentro de uma barriga tão pequena?

A FOCA...

Conhecem a sensação de acordar de manhã, ir ao espelho e ver que, de repente, a vossa cara parece um queijo? Pois, é assim que me sinto há uns dias...

Eu engordei pouco até agora, 5 kilitos, nada demais! A minha barriga é de 6 meses, no máximo...não ganhei chicha extra em lado nenhum. Toda a minha roupa me serve, mesmo as calças justas e só não as consigo apertar na cintura.

A semana passada a minha mãe deu-me a dica "Estás a ficar gordinha de cara". "Não estou nada", rosnei de imediato, enquanto a fuzilava com o olhar. Vejam bem o atrevimento! Eu gorda de cara? Isso era lá possível!

Depois foi a minha tia a dizer-me o mesmo. Caraças, será??? Fui ao espelho e mirei-me vezes sem conta...nahhhh...estou ótima! Qual gorda de cara, qual quê!

Há 3 ou 4 dias, e dada a evolução galopante da coisa, fui forçada a admitir que estou uma pequena foca. A minha cara inchou e o meu nariz duplicou de tamanho. Mais ou menos assim quando estamos com uma valente constipação e, ao fim de 3 dias de nos assoarmos, parece que fizemos um implante de nariz. Toda a minha cara é gorda e, como se não bastasse, está coberta de uma camada de mini borbulhas. Porquêeeeeeeeee? EU NUNCA TIVE BORBULHAS, nem na adolescência!!!!!

Ontem fiz mais uma descoberta aterradora. Cresceram-me 4 pelos castanhos no queixo! Bem compridos!!!! Assim como os bigodes das focas! Exterminei-os logo com a pinça, mas estou com muito medo que regressem e, em jeito de vingança, sejam 8 em vez de 4...

Já a minha avó dizia que as meninas roubam a beleza à mãe. Eu andei até aqui só a colher elogios e fui-me convencendo que ia passar ao lado de todas essas coisas. Cantei de galo cedo demais...ainda me faltam umas boas semanas e, pelo andar da carruagem, estou a considerar proibir todos os espelhos nesta casa, assim como todo e qualquer comentário menos abonatónio em relação à minha figura.

Agora, se não se importam, vou só ali tomar banho porque está um calor do inferno ;)

32 SEMANAS: A PRIMEIRA ETAPA

Esperei muito que este dia chegasse. Finalmente ultrapassada a primeira etapa! Os riscos da Carolina nascer agora são bem menores e se nascesse seria um prematuro de limiar pré-termo. O repouso será para manter por mais 4 semanas, bem sei, mas chegar até aqui era mesmo muito importante e sinto-me muito feliz por termos conseguido.
Têm-me dito que os movimentos do bebé diminuem agora mais perto do final. Pois...não conhecem a minha filha. Desde as 17 semanas que a sinto mexer bastante e, nos últimos tempos, os movimentos intensificaram-se. Por vezes magoa-me a até estremeço. Ela passa muito mais tempo a mexer do que quieta. É para que eu não tenha grandes ilusões quanto à peste que ela vai ser cá fora :)
Quanto a inconvenientes, para além da dor nas costas, comecei a sentir bastante azia e sensação de má digestão. Lá me vou socorrendo de um ou outro kompensan, quando a coisa fica mesmo intensa. Depois é este calor que sinto. Transpiro imenso. Pelos visto é normal, parece que o meu metabolismo aumentou. Ontem fui votar e até estava um dia fresco. Lá fui eu de vidro aberto, a cara e o pescoço ardiam-me como se estivessem 30 graus lá fora. Quando cheguei a casa estava tão cansada que parecia ter corrido 10 km.
Quanto a peso, há uma semana atrás eu tinha engordado 5kg desde o início da gravidez e a bebé pesava 1,5kg. A minha barriga continua insignificante. Esta semana é altura de tirar nova foto para a sessão evolutiva.
Entretanto tenho-me dedicado a contactar berçários porque tenho de pensar onde vou deixar a Carolina quando for trabalhar. Os preços são verdadeiramente assustadores, não admira que estejam todos a falir.

SIMPLESMENTE CAROLINA

Quando descobrimos que íamos ter um bebé, começamos de imediato a pensar em nomes. Se fosse menina, eu queria Carolina e o pai queria Francisca, embora gostasse dos dois. Confesso que gosto muito de Francisca mas era Carolina que enchia o meu coração. Se fosse rapaz ia ser João Tomás. Era unânime e concordamos os dois.

Às 12 semanas, quando tivemos a primeira pista de que seria uma menina, o R., ao ver a minha alegria, concordou que seria Carolina, o nome sugerido por mim. Mas sempre disse que preferia um nome composto.

O tempo foi passando e eis que ele confessa que gostava que a pequena se chamasse Ana Carolina. De início fui relutante, apresentei 1001 argumentos contra, mas depois acabei por ceder. Na verdade, eu queria ceder. O nome tinha sido escolhido por mim, queria que ele se sentisse tão feliz quanto eu com a escolha. Mas, com o passar do tempo comecei a pensar que ela nunca ia ser Carolina. Ia ser Ana, ou quando muito Ana Carolina. Bolas, e eu queria mesmo Carolina! E então comecei a massacrá-lo com isso. Pedi-lhe para tentarmos encontrar um segundo nome, deixando Carolina em primeiro lugar. Testamos várias combinações mas nenhuma nos agradou e ele acabou por concordar que ficaria só Carolina. Confesso que me senti um pouco egoísta e já lhe disse isso, mas ele, não sei se para me consolar, ou por sinceridade, disse que estava feliz com a escolha. Simplesmente Carolina...se até lá não mudarmos de ideias ;)

LÁ FORA, A CHUVA CAI..

O dia amanheceu escuro e chuvoso. Durante a noite ouvi a chuva bater com insistência na minha clarabóia. Não gosto de chuva. Não gosto do frio, nem do outono, nem do inverno.
Se estivesse a trabalhar por esta altura estaria a ficar neurótica com a aproximação da mudança de hora. Custa-me tanto aceitar que durante largos meses, às 18:00 vai ser noite...
Como estou em casa, quando escurece nem sei bem que horas são, por isso não me faz grande diferença. Aliás, quase nada me faz diferença aqui presa nestas quatro paredes. O mundo segue lá fora e eu não o acompanho.
Este ano, curiosamente, quanto mais o tempo piora, mais eu me animo. É sinal que está para breve a chegada da minha pequena. Não gostava que ela nascesse no outono, tinha em mente uma coisa assim mais agradável, tipo primavera ou verão. Nunca pensei que da teoria à prática as coisas se tivessem desenrolado tão depressa e, quando me dei conta, a Carolina chegava no outono desse mesmo ano. Não tive grande tempo para me adaptar à ideia, nem para me sentir frustrada, porque foi mesmo à primeira tentativa.
A única coisa que me anima no outono é a chegada breve das castanhas assadas. Andar pela rua e sentir o vento fresco do frio que se aproxima, ver ao longe um assador de castanhas, comprar meia dúzia delas e devorá-las ali mesmo.
Hoje, é a memória das castanhas assadas que me invade o pensamento. Quase lhes consigo sentir o cheiro delicioso. E fico a pensar que já só falta 1 mês e meio para a minha vida mudar para sempre...

COISAS IRRESISTÍVEIS

Não há como negar que o universo de coisas para menina é manifestamente maior do que para menino. Felizmente, nos últimos tempos tenho notado que a oferta para rapaz é cada vez mais gira e diversificada.

Agora que estou em casa entretenho-me a desgraçar-me em compras para a Carolina, porque há coisas verdadeiramente irresistíveis...

Aqui está o babygrow que ganhei no concurso :) by Miminho de Algodão 

Prenda do papá R. by Miminho de Algodão

Sapatinhos Zippy baby :)

Mais uns...Zippy baby

Mala de produtos Uriage oferecida pelos primos de Lisboa

O CESTO

Eu não gosto dos cestos tradicionais, redondos, todos cheios de laços e frufrus. Gosto deles retangulares e simples e, por isso, assim que pus a vista em cima deste da Zara Home, soube que ia ser meu para sempre. Entretanto, encomendei o recheio no Continente online e ontem cá chegou tudo direitinho. A lista de coisas a fazer está cada vez mais pequena ;)