sexta-feira, 28 de março de 2014

OS 4 DIAS INTERMINÁVEIS

Foram 4 dias muito difíceis. A Carolina ficou internada com uma bronquiolite, que podia ser pneumonia e que podia ser uma infeção respiratória ou uma infeção sei lá do quê! Foram muitos os "se" e os "talvez" por ser um bebé muito pequeno e por ter tido uma reação violenta à febre alta. Afinal parece que não passou de um grande susto e, na verdade, foi só uma valente gripe. Mas passou um mau bocado a minha pequenita. As aspirações com sonda são do pior que há e vê-la passar por tudo aquilo vezes sem conta, vez o olhar desesperado dela na minha direção e não poder fazer nada, é demolidor. A Carolina está a recuperar e está bem melhor, voltou a exibir aquele sorriso delicioso e a espernear como habitualmente. Mas ficou assustada e traumatizada e agora uma simples muda de fralda dá origem a berraria, até perceber que não lhe vou enfiar nada no nariz ou na boca.
Foi o primeiro susto, espero que não se volte a repetir tão cedo. No final, fiquei a detestar ainda mais a ideia de ter que a deixar no infantário.


terça-feira, 25 de março de 2014

MEDO

Medo. O medo é tão intenso que se apodera de nós e nos suga a energia, tolda-nos o pensamento, gela o sangue. Tenho medo hoje como não tive em nenhum outro momento da minha vida. Tenho medo porque está doente o meu sol, a minha luz e para mim não há dia e nem o sol chega para me aquecer. Seguro na mãozinha dela e espero que a noite termine.

segunda-feira, 24 de março de 2014

COISAS QUE EU ODEIO...

...quando me telefonam do infantário, logo a seguir ao almoço, para me dizer que a Carolina está com 39.9º de temperatura :(

quinta-feira, 20 de março de 2014

AO MEU PAI

Como acontece em quase todos os dias temáticos, ontem o facebook encheu-se de mensagens de filhos aos seus pais. Pais que são os maiores, pais que estão longe porque os filhos foram forçados a emigrar, pais que são os mais divertidos, pais que já partiram...
E nessa altura lembrei-me de agradecer, de agradecer muito, com muita força, por ainda ter comigo o meu pai.
O meu pai foi aquela pessoa que se encheu de frio nas bancadas do estádio do CDUP, horas a fio, à chuva só para que eu pudesse fazer o desporto que gostava. O meu pai foi aquela pessoa que gritou por mim nas bancadas e que nunca deixou de acreditar em mim, mesmo quando já nem eu acreditava. O meu pai é aquela pessoa que diz, orgulhoso, que eu comecei a falar com poucos meses. O meu pai é o ás das panelas e dos temperos e faz a francesinha mais espetacular de sempre. O meu pai é o exemplo que sigo para ser melhor no trabalho e na organização das minhas finanças. O meu pai é aquela pessoa que deita a casa abaixo quando o FCP perde. O meu pai ensinou-me a nadar e a andar de bicicleta. O meu pai foi-me buscar ao alto de uma casa de banho quando eu subi e depois não fui capaz de descer. O meu pai teve comigo conversas sérias quando mais ninguém as podia ter. O meu pai julga que tem sempre razão e não é fácil contrariá-lo. O meu pai foi aquela pessoa que não desistiu quando me disseram que nunca mais poderia praticar desporto. O meu pai foi a pessoa que me acompanhou à fisioterapia durante meses a fio. O meu pai ensinou-me a distinguir bem cedo os talheres de carne e peixe. O meu pai é a pessoa que ainda assiste aos vídeos das minhas competições e ainda vibra como se não soubesse qual vai ser o resultado. O meu pai ensinou-me o valor da persistência, da responsabilidade, da honestidade. O meu pai ensinou-me que nada cai do céu e que por isso é preciso ser melhor, melhor que os outros e melhor que nós mesmos. O meu pai é aquela pessoa que acredita que eu sou melhor do que aquilo que sou na realidade.
Por tudo isto, e muito mais, agradeço muito ainda ter comigo o meu pai, porque muitos já não têm e eu não consigo suportar a ideia de não o ter na minha vida.

CRESCER

O desenvolvimento da Carolina é agora mais notório do que nunca. Quase todos os dias há uma habilidade nova. Ou porque já agarra objetos, ou porque já se senta sem apoios laterais, ou porque dobra o riso, ou porque se vira na cama, ou porque parece um papagaio a palrar (tenho vídeos disso que hei-de publicar).
As bochechas estão cada vez mais gordas. Do infantário chegam elogios diários sobre o apetite e a rapidez com que a Carol come e também das roupinhas que usa, que todos os dias lhe visto com vaidade.  Em casa, tem uma verdadeira fixação por todo e qualquer movimento que se passe ao nível da mesa de refeições e também por desenhos animados na TV.
Não está super desenvolvida, nem é sobredotada, mas está a crescer bem, ao ritmo dela, e preenche a minha vida com momentos maravilhosos e inesquecíveis.

Num momento de discussão com a mãe

A dormir com o amiguinho que chamamos Marabu

Primeira visita ao Rio Douro :) os sapatos não se aguentam nos pés por muito tempo!

Bochechuda do meu coração :)


terça-feira, 18 de março de 2014

AS CANTIGAS QUE EU ADORO

Descobri recentemente que a Carol gosta que eu cante para ela. Vai-se lá saber porquê! Mas a verdade é que a miúda acha piada e solta risadas tão cómicas que tenho muita dificuldade em manter a concentração e evitar de me rir. Tenho estado a aperfeiçoar o meu portfólio musical porque ela gosta de variedade. Ora digam lá se não é uma delicia este bebé...


segunda-feira, 10 de março de 2014

REGRESSO AO TRABALHO

Passaram mais de 6 meses desde a última vez que me sentei na minha secretária.
Hoje de regresso ao ativo, tudo me parece estranho. É estranha a cadeira, que me faz doer as costas, é estranha a secretária, que tentei organizar da melhor forma, é estranho voltar a falar com os meus colegas e tentar recuperar as rotinas, ou adaptar-me às novas, entretanto criadas. Mas o que é mais estranho é o silêncio e a calma do escritório. Não ouvir um choro, não ter uma fralda para trocar ou um biberon para preparar. Não ter de pegar na Carol ao colo e não ouvir o riso dela ou aqueles sons que ela faz para chamar a minha atenção. É estranho imaginar como estará e não ser capaz de a tirar do pensamento por mais que um minuto. É estranha esta falta que lhe sinto. E concentro o meu pensamento nas horas que faltam para a poder ter de novo nos braços. Que saudades tenho da minha pequenina...

terça-feira, 4 de março de 2014

4 MESES E O FIM DE UM CICLO

Faz hoje 4 meses que a minha mini C. nasceu. Quatro meses em que partilhamos mimos, aprendizagens, etapas importantes, sorrisos, sonhos, lágrimas e felicidade.
Hoje termina a minha licença de maternidade e amanhã a Carolina começa a frequentar a creche. Na garganta sinto um nó e nos olhos o peso das lágrimas que me recuso a deixar sair. Não me quero separar do meu bebé, não quero, mas porque esta é uma etapa que vamos mesmo ter de enfrentar, vou-me entretendo com a ideia de que isto vai ser muito mais difícil para mim do que para ela. Até ao final da semana fica só a meio tempo e, se correr bem, para a semana já fica todo o dia. Eu regresso ao trabalho na segunda-feira. E a vida continua...

Por agora fica a foto do dia, dos 4 meses da minha princesa, deste bebé que enche a minha vida de alegria e que me faz ser uma pessoa muito melhor.



domingo, 2 de março de 2014

NOVIDADES DOS MEUS (QUASE!) 4 MESES

Na consulta dos 4 meses tinha que haver muitas novidades, pois claro. A Ina continua a recuperar a desvantagem com que nasceu e já ultrapassou ligeiramente o percentil 25 no peso e o 10 no comprimento. Continua a ser uma miniatura, claro, mas já mede 58,5 cm e pesa 5535 gr. Está cada vez mais engraçada e todos os momentos com ela são preciosos. Exceto quando faz uma daquelas birras monumentais para dormir, o que geralmente acontece lá para a meia noite quando eu já estou mesmo cansada e sem grande paciência :)
Como vai para o infantário na quarta-feira, vá de começar já a comer sopinha e fruta. Logo no primeiro dia safou-se lindamente, comeu tudo e nem reclamou. Está sempre a por as mãos na boca e por isso é frequente acabar de comer com bocados de sopa no cabelo ou fruta na testa. Nota-se bem que prefere a fruta à sopa, mas quem a pode criticar?