segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

RESOLUÇÃO DE ANO NOVO

Não há um dia que não me questione se estou a educar bem as miudas, em particular a Carolina, porque a Iara, com os antecedentes e traumas que tem, com duas educações completamente diferentes que recebe em simultâneo, foge muito do meu controlo.

A Carolina é uma criança exigente. Já aqui o disse várias vezes. É teimosa, voluntariosa, senhora do seu nariz. Faz asneiras porque sim, muitas vezes sem se aperceber, e dificilmente aceita um não. Admito que de quando em vez lhe espeto uma palmada no rabo. É raro, mas acontece. Mas pior do que isso é quando me descontrolo e lhe grito. E eu queria tanto não fazer isso.

Ainda esta manhã, porque entornou o leite pelas pernas abaixo e tive de lhe trocar a roupa toda. Passei-me, gritei, ela ficou triste. E, que culpa tem uma criança de 4 anos por entornar o leite? Não é normal ela não conseguir estar quieta? Não fui assim também? Não fomos todos?

Encho-me de orgulho para dizer que ela é enérgica, que não se fica, que se sabe defender mas depois grito-lhe porque entornou o leite. Não está certo. Não está. E preciso aprender a controlar estas minhas reações.

A irmã foi sempre uma miuda pacata, demadiado pacata, como tantas vezes constatamos. Deu jeito enquanto pequena. Nunca fez uma asneira, nunca desobedeceu, nunca confrontou. Mas agora, com 12 anos, eu queria que ela mostrasse alguma personalidade e zero. Nada. Anda ao sabor do vento. E é uma luta tentar faze-la compreender que todos nós trilhamos o nosso caminho, e que por mais que estejamos sempre ao lado dela para a orientar, o caminho tem que ser traçado por ela. Errando, acertando, fazendo escolhas. Assumindo e formando convicções, questionando e tentanto fazer valer a sua opinião. Até agora falhei redondamente mas não desisto. Nunca desisto.

Mas voltando ao que me levou a escrever este post. A minha intempestividade. É a minha primeira resolução de Ano Novo. Talvez a única. Porque a mudança deve partir de nós próprios.


quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

ANO NOVO - SEM MUITO A ACRESCENTAR

Não faço grandes resoluções de Ano Novo. Gosto de me levantar cedo e de fazer tudo com calma no primeiro dia de regresso ao trabalho. De preferência dormir bem na véspera. Fora isso pouco mais. Procurar manter as coisas tão organizadas quanto possível, pelo máximo de tempo que conseguir, treinar certinho e ter atenção ao que como para não irritar muito o intestino. Dar muitos beijinhos à mini C., prometer-lhe que o avô a vai buscar cedo à escola e pensar para mim mesma que já só faltam 3 dias para o fim-de-semana.

É assim que começo 2018, sem grandes planos e com as expectativas de sempre. Pela frente tenho 3 meses de trabalho muito intensos, estou farta de chuva e de dias cinzentos e, na verdade, não sinto que esta paragem me tenha trazido o boost de energia que se impunha. A minha avó continua no hospital e, apesar dos progressos na recuperação, estamos conscientes de que nada é garantido e, sobretudo, nada voltará a ser como era antes. Tudo o que seja não piorar é bónus e os planos em relação a ela passaram a ser diários.

Mas também há boas notícias! Hoje de manhã pesei-me e a balança estava na mesma. Das duas uma, ou avariou, ou de facto, posso comer 3 javalis porque perdi a capacidade de ganhar peso.

Por fim, há que dizer que sempre que muda o ano eu entro, automaticamente, em contagem decrescente para a mudança de hora. Os dias estão a crescer e não tarda já saio do trabalho com luz natural. A chuva vai passar e os dias mais frios também...e isso é o melhor que retiro desta transição de calendário. Tudo o resto é para manter: sorrir, partilhar, amar, fazer o que gosto. Numa palavra: viver!

Feliz 2018!