quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

MAIS UM...AÍ VÃO 33

Foi preciso viver 33 anos para passar uma noite de Natal às escuras. Engraçado, fora do comum, mas completamente dispensável, sobretudo quando se tem crianças em casa. Comida em panelas em cima da mesa (esqueçam lá o glamour da mesa posta com esmero - às escuras foi uma sorte não comermos espinhas), canalha a berrar porque não encontra o brinquedo, velas a arder durante horas e uma atmosfera pouco saudável, enfim. Lá se passou, a luz regressou já alta ia a noite e nós sobrevivemos para contar a história. A Carolina divertiu-se muito com as primas, apesar das traquinices próprias da idade. Riram, brincaram e sei que são amigas de verdade. Para a vida. De forma desinteressada, sem segunda intenção, sem falsidade, sem cinismo.

A irmã passou o Natal com a progenitora. Podia dizer muita coisa sobre ela (a filha - não a progenitora) mas prefiro manter os meus pensamentos em silêncio. Como diria Shakespeare, "expectation is the rooth of all heartache".

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

É NATAL...MAS NÃO PARA ELA

Falta-me tempo. Falta-me vontade. Esta altura do ano é sempre muito complicada. Este ano está a ser ainda mais. Entre visitas ao hospital e compras de Natal, trabalho que nunca mais acaba, treinos e sei lá mais o quê, sinto-me cansada e cheia de sono. Está tanto frio que me custa horrores sair da cama quente pela manhã. Além de que sinto que nunca durmo o suficiente. Não está fácil...

Depois é o cheiro do hospital. Aquele cheiro que traz tantas lembranças, quase todas más. Aquela cama prisioneira onde ela está agora. Os sorrisos e os beijos que me dá sempre que a vou ver. Como que a pedir perdão de cada vez que lá vou. Como se lamentasse estes anos todos em que não me ligou nenhuma. Como se afinal eu fosse importante na vida dela. E eu fico esmagada. E não consigo deixar de pensar que gostava muito que tivesse sido assim há 30 anos atrás.

É uma confusão. É uma angustia. Por tudo mas, sobretudo, pela tristeza que é vê-la assim diminuida nas suas capacidades físicas e, no entanto, perfeitamente lúcida. Pena por ter que a deixar passar o Natal ali, naquela cama de hospital, até sabe Deus quando. Pena de a ver tentar, uma e outra vez, falar comigo sem ser capaz de articular uma única palavra. Pena porque gostava que fosse diferente. Oh, como gostava!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

COMO É QUE O PAI NATAL CABE NA CHAMINÉ?

Aposto que é uma dúvida que nos assola a todos. Saber como é que o Pai Natal, com aquela grande barriga, consegue descer pela chaminé e entrar nas casas. A Carolina tem uma teoria e eu acho tão giro ela acreditar nisto :)