AS PRIMEIRAS PALAVRAS

A Carol não é daqueles bebés que repetem tudo. Quando lhe tento ensinar um gesto ou uma palavra nova, fica especada a olhar para mim com ar de quem não está a perceber nada. Não tenta sequer imitar. Depois, assim do nada, quando ninguém está a olhar para ela, apanho-a a fazer ou a dizer.

Esta semana aprendeu a dizer não (bem me esforço para que aprenda a dizer sim mas ainda não foi desta). Quando vê o prato da sopa "NÃO", quando a sento na cadeira "NÃO", quando a deixo no infantário de manhã "NÃO" (hoje foi assim). Às vezes acompanha o não com o abanar da cabeça.

Das poucas palavras que repete, a que mais vezes diz é "mamã". Todas as pessoas são mamã quando quer alguma coisa. Mas se lhe perguntarmos quem é a mamã ela identifica de imediato.

Passa a vida a apontar para os candeeiros para dizermos que é a luz e estar em pé sozinha já é demasiado fácil para ela. Mesmo assim, ainda lhe está a faltar a coragem para dar passinhos sozinha e só o faz agarrada.

O passatempo favorito dela, além de enfiar tudo na boca, é atirar coisas ao chão, é um desespero!

Está uma querida do pior e todos os dias me pergunto como pode já ter crescido tanto!