quarta-feira, 10 de agosto de 2016

DAS DESILUSÕES

Ontem fiz 32 anos e hoje sinto necessidade de escrever sobre isso. Por tudo o que de bom a vida me tem dado, por todas as pessoas incríveis que se têm cruzado no meu caminho mas também por todas as desilusões.

Aos 32 anos aprendi a tirar peso à vida, aprendi que há coisas importantes e há coisas que não são importantes. E isso fez de mim uma pessoa melhor, uma pessoa mais feliz. Digo muitas vezes que esta foi a lição de vida mais importante que aprendi com a minha tia: a de tirar peso às coisas. A não me chatear com coisinhas, a ser mais tolerante com o próximo, a ver sempre o copo meio cheio. Hoje não me ofendo e não me aborreço com facilidade, aprendi a respeitar as escolhas dos outros e perdi a arrogância de pensar que só eu é que estou certa e os outros errados. Tirei o holofote de cima da minha cabeça, porque o mundo não gira à minha volta. A vida foi boa comigo e fez-me ser melhor, e gosto mais deste meu eu de hoje do que do meu eu de há uns anos atrás.

Infelizmente, esse crescimento não aconteceu com algumas pessoas que me são (ou eram) próximas, e lamento profundamente. Lamento por elas. Porque não sabem como a vida é tão mais saborosa assim, leve, livre, descontraída...

A verdade é que hoje estou triste. Uma amiga que eu tinha quase como irmã está zangada comigo e eu nem sei porquê. Não teve a decência de me dizer. Não teve coragem de pegar no telefone e ligar-me para explicar o que se passou. Para me cobrar o que quer seja que eu tenha feito de errado.
Eu esperava isso de uma amiga...

E hoje precisava de falar sobre isto, de me libertar deste nó na garganta, porque não consigo compreender o que se passou, não entendo que mal fiz, e isso deixa-me atordoada.

O dia de hoje vai terminar e amanhã vou esquecer, porque é isso que sei fazer: tirar peso às coisas que não merecem importância. Amanhã é outro dia e já não vai doer...


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