segunda-feira, 17 de julho de 2017

UM REGRESSO ÀS MEDALHAS

Quando era miúda adorava receber medalhas. Era engraçado colecioná-las, mesmo que fossem só de campeonatos regionais. Nunca sei ao certo quantas ganhei e o armário onde as guardo passou a ser, apenas e só, um santuário de boas recordações.

Com o passar dos anos esqueci a sensação de subir ao pódio. Quando recomecei a treinar a última coisa que me passou pela cabeça foi voltar a competir e muito menos ganhar o que quer que fosse.

Recusei competir nos primeiros tempos porque me parecia estranho, tinha receio de fazer cenas tristes na pista e a voz da razão dizia-me para não me meter nisso e ter juízo. Mas depois deixei-me levar. Porque não? Não tinha nada a perder...

A época está prestes a terminar e, assim do nada, vejo-me a ganhar uma eliminatória de 100 metros barreiras. Que sensação tão estranha...ganhar! Juro que não me lembrava de como era agradável. E depois uma final e, de repente, uma medalha de 3º lugar. Vale o que vale, bem sei. Mas para mim vale pela coragem. Coragem de competir nas mesmas circunstâncias de meninas de 17 ou 18 anos. Coragem de voltar a fazer algo que me faz muito feliz. E sim, sinto-me orgulhosa, apesar das queixas e das dores, apesar de estar muito longe dos recordes que bati em tempos.

Uma nova fase, menos emocionante, menos ambiciosa, mas não menos feliz :)







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