quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

UM PESADELO CHAMADO SONDA

O meu velhinho veio do hospital, recuperado de mais uma infeção respiratória mas ainda mais dependente, ainda mais debilitado. Sem a dentadura, entretanto perdida no hospital, é tal e qual o Popeye e só de olhar para aquela carita tenho vontade de sorrir.
Desta vez trouxe uma sonda naso-gástrica, através da qual é alimentado, e como a arranca mal viremos as costas, passa o dia imobilizado. Nome bonito para dizer que está amarrado à cama. E custa-me horrores sujeitá-lo a isto. E dói-me não poder dar-lhe outra dignidade. Entristece-me olhar para ele e ver que tem uma existência completamente sem sentido e só está à espera que a hora dele chegue. É duro de suportar e gostava de poder fazer alguma coisa, porque isto não está certo. Não está mesmo :(

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