Domingo 17h00. Calço as sapatilhas e saio de casa para correr. Chego à marginal e está a chover. O vento sopra de norte, gelado. Penso que mais valia estar quieta.
Enfio o impermeável e começo a correr. Faço metade do trajeto com vento pelas costas, em corrida lenta. Ao fim de 10 minutos já estou com a língua de fora mas jurei que corria, pelo menos, 20 minutos sem parar. E corri!
A segunda metade da corrida foi dolorosa. O vento contra, a chuva a bater na cara, o ar a congelar-me os pulmões. Parei ao fim de 3,04 km, o relógio marcava 22:21. Velocidade média 7'21" ao km. Não foi brilhante e custou-me muito. Se eu disser que fiz atletismo durante mais de 10 anos ninguém acredita, bem sei, mas as corridas longas sempre foram o meu calcanhar de Aquiles e, infelizmente, eu também não sou a mesma pessoa que era há 15 anos atrás.
O que importa é que saí de casa e esforcei-me. Acabei vermelha como um tomate. O objetivo é tentar melhorar um pouquinho a cada corrida, seja na velocidade média ou na distância percorrida.
Não sou um rato, sou uma mulher de palavra!
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