Foi estreia absoluta. Não estava nada nervosa porque quem não deve não teme e eu não sou de fugir a nada. A minha posição neste julgamento foi de "chamada", não sendo autora, nem ré, nem arguida, nem testemunha. Obrigada a lá estar, porque sou parte interveniente.
Os contornos deste caso são tão incrivelmente ridículos que tenho dificuldade em expôs-los. Tenho inclusive dificuldade em compreender como é que há pessoas tão mesquinhas, tão pequenas, tão dispostas a aproveitarem-se dos outros. Tenho pena e tenho muita vergonha alheia.
Passar o dia no tribunal é extenuante. Cheguei a casa tão absurdamente cansada que só consegui atirar-me para cima da cama e não me lembro de mais nada. As salas são quentes, as cadeiras desconfortáveis. As declarações inúteis, mentirosas!
No final do dia, extenso e cansativo, os advogados fizeram as alegações finais. Falaram tão bem que tive vontade de me levantar e aplaudi-los de pé. Resta saber se o juiz ficou convencido como eu fiquei. Em qualquer dos casos, saio deste julgamento com a sensação que sempre tive: dinheiro gasto em vão e nada ficará resolvido!
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