terça-feira, 13 de outubro de 2015

TEMOS MUITO QUE APRENDER

Vem este post a propósito deste texto que aconselha a não escolarizar crianças antes dos dois anos. Ora então eu concordo, pois claro que concordo.
Quem me dera! Isto é tudo muito bonito mas não se enquadra na realidade do nosso país onde as mães ao fim de 4 ou 5 meses têm de regressar ao trabalho. Também não podem deixar as crianças com os avós porque a idade da reforma é aos 66 anos e estão a trabalhar (muitos de bengala, outros já sem capacidade física ou mental para exercer a profissão, note-se).
Refere o texto que muitos pais optam por escolarizar os filhos por receio que em casa não desenvolvam. Não concordo. Eu nunca andei no infantário, fui criada com os meus avós e a minha tia, comecei a falar muito cedo e quando entrei para a primária já sabia muita coisa. Nunca tive problemas de desenvolvimento, nem de socialização, nem de aprendizagem.
Sobre as doenças dos infantários, é verdade que são centros de contágio mas acho que tem muito a ver com o próprio sistema imunitário das crianças. Por exemplo, a Carolina, que anda no infantário desde os 4 meses, nunca teve uma infecção, felizmente. E, sim, acredito que ganham imunidade. Vejo-a doente cada vez menos vezes.
Resumindo, criem-se condições para que os bebés não sejam obrigado a frequentar infantários tão cedo. Nunca é demais lembrar que, em Portugal a licença de maternidade vai até aos 150 dias, remunerados a 80% do salário (ou 120 dias, pagos a 100%). No entanto, no resto da Europa a realidade é muito diferente. A Croácia oferece 100% de salário por seis meses e, na Noruega, paga-se 100% de salário se a mulher ficar afastada por 35 semanas ou 80% se ela preferir ficar de licença por 45 semanas. Já a Suécia oferece 80% de salário durante todo o período de afastamento. No Reino Unido, as mulheres recebem 90% de salário nas primeiras seis semanas de licença e, da semana sete até a semana 40, paga-se pouco menos que 90%, isto só para citar alguns exemplos.
Conclusão e moral da história: temos muito que aprender...

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