quinta-feira, 26 de novembro de 2015

OS PRESENTES E AS REGRAS

Sou um pouco rígida no que toca a regras. Fui sempre. Tendo a achar que se existem são para ser cumpridas. Como aquela regra do comer chocolate só uma vez por semana. Para mim é lei. Em relação aos presentes também criamos uma regra. No Natal as crianças recebem apenas um presente de cada adulto e nada mais. No nosso caso já é um exagero porque somos muitos e facilmente a criançada tem mais de 20 presentes debaixo da árvore. É um atentado, eu sei, mas não há como evitar. É um mundo consumista e é triste que assim seja, mais ainda que nós alinhemos nisto, mas isso já era matéria para outro post.

Sou completamente contra o consumo absurdo do Natal. Não quero que a Carolina cresça a pensar que a vida é fácil, que pode ter tudo o que quer. Quero que compreenda e reconheça a importância do merecer.  Quero que saiba que quanto mais se esforçar, em princípio mais vai conseguir e que jamais as coisas lhe cairão do céu. Posso recompensá-la mais depressa se for boa aluna na escola, por exemplo, do que enchê-la de presentes no Natal só porque ela quer, ou porque lhos posso dar.

Quando era miúda fui várias vezes recompensada pelo meu esforço na escola. Se resultou? Muito! Se me fez uma pessoa melhor? Provavelmente! Se me fez algum mal? Nenhum, pelo contrário. É um tema controverso mas eu, por experiência própria, tenho a minha opinião muito bem formada sobre este assunto.

Ah, mas estudar não é a nossa obrigação? Claro que é! Mas sabemos tão bem que os miúdos não são todos iguais e alguns precisam de outro tipo de incentivo para mostrarem o melhor de si. Eu precisei. E assumo isso. Mas ainda bem que alguém foi capaz de o ver.


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