quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

OS DOIS ANOS

Esta fase dos dois anos está a ser, até agora, a mais exigente em termos de aprendizagem para mim enquanto mãe. Aos dois anos a Carolina é uma criança impossivelmente teimosa. Quase sempre lida muito mal com o não. Chora e grita quando a impeço de fazer algo que, naquele momento, cismou em fazer.
Desdobro-me em tentativas para tentar perceber qual a melhor forma de reagir com ela. Habitualmente, a distração é a melhor conduta. A Carol facilmente se descontrola e uma birra rapidamente se torna um carnaval, com direito a vómitos e tudo, por isso distraí-la com outra coisa qualquer é, quase sempre, o método mais eficaz. Tenho a sorte dela ser uma criança que já fala muito bem, o que facilita neste processo que é, muitas vezes, de negociação.
O pior é que nem sempre sigo esta via da negociação e, por vários motivos, acabo por me tentar impor, simplesmente porque eu é que sou a mãe, eu é que mando. Se às vezes (poucas) resulta, outras  entramos num ciclo de não cedência que é complicado. Mas enfim, vivendo e aprendendo. Cada criança é um caso e a minha não é fácil de levar. Já aprendi que não adianta dar-lhe uma palmada, não surte grande efeito, só serve para que ela chore ainda mais descontroladamente. Aprendi também que a ameaça resulta muito (do tipo chamar o polícia ou prometer que nunca mais come chocolate).
A minha enteada foi sempre o oposto disto tudo. Pacata e obediente.
De repente aparece-me este furacão e fico, muitas vezes, sem saber como reagir. Há alturas em que estremeço só de imaginar na adolescente que se tornará se não for capaz de a controlar. Depois penso que é muito pequena, que vai crescer e acalmar, que isto até é um comportamento habitual aos 2 anos. E depois pergunto-me: Serei capaz? Estarei a fazer um bom trabalho?
Só o tempo poderá responder a estas perguntas mas uma coisa parece certa: ainda tenho muito que aprender...

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