Entretanto, ontem chegou a casa toda esmurrada nas mãos e joelhos. O amigo que há dias a magoou no coração, e a quem ela retribuiu batendo-lhe com a cabeça contra a parede (várias vezes), decidiu vingar-se e empurrou-a no recreio. Como estava de saia, esfolou-se toda. Coitada. Eu tenho pena mas não lhe alimento as pieguices e, sobretudo, incentivo-a a defender-se e aprender a desenrascar-se sozinha.
O pai fez todo um filme, ensinando-lhe técnicas de defesa altamente elaboradas. Eu, como sei que amanhã pode ser ela a bater noutro colega qualquer, limitei-me a desvalorizar e a pedir-lhe que não bata aos meninos, mas quando lhe baterem defender-se e dizer à professora. Complicado explicar, ela fica confusa com este "não batas, mas defende-te", mas acho que com o tempo acaba por perceber. Que remédio...
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